Introdução: A Reprodução Humana Assistida (RHA) consiste em um conjunto de técnicas que possuem o objetivo de viabilizar a gestação de mulheres com dificuldades para engravidar. Atualmente, a procura por esse tipo de procedimento possui outros focos além da infertilidade. Devido a mudança do papel social da mulher e sua inserção no mercado de trabalho, o adiamento à maternidade se tornou mais frequente e junto a isso, problemas como a infertilidade e a falta de um parceiro. Objetivo: Discutir sobre a importância da rede de apoio na vivência da maternidade independente por RHA. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa; cujo os critérios de inclusão foram mulheres sem parceria fixa, em idade reprodutiva acima dos 18 anos e tentantes ou mães independentes por RHA. Foram excluídas mulheres que desistiram das biotecnologias reprodutivas e foram mães independentes sem ser por essas técnicas. A captação das 16 participantes ocorreu através de um grupo por meio do Instagram com a técnica “Snowball” e os dados foram analisados pelo Software Iramuteq. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética, sob o n° 4.810.005/ 2021. Resultados: As mulheres destacaram principalmente os aspectos financeiro e emocional. Por se tratar de maternidade independente, onde o processo se torna ainda mais solitário e surgem as dificuldades quanto ao planejamento da maternidade independente, os procedimentos pela RHA, a clínica de reprodução assistida, o doador e outras questões que envolvem gestação, parto e puerpério, a rede de apoio foi essencial para auxiliá-las nesse momento. Considerações finais: A presente pesquisa buscou refletir sobre as novas possibilidades de reprodução humana e maternidade, destacando a importância de uma rede de apoio, seja de familiares, amigos ou profissionais. Visou também fomentar a discussão da temática devido à escassez da produção científica, contribuindo para que essa realidade seja mais valorizada, visto que é uma das modalidades de composições familiares existentes na atualidade. Haja vista que os profissionais de Enfermagem são os responsáveis por explicar todos os procedimentos e funcionamentos das técnicas, esclarecendo e tirando dúvidas, se torna importante a inserção do conteúdo nos cursos de graduação em Enfermagem através das aulas de saúde sexual e reprodutiva, proporcionando que os futuros Enfermeiros sejam mais capacitados para lidar com essa nova possibilidade do viver humano.