Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
DIFICULDADES ENCONTRADAS NO ATENDIMENTO GINECOLÓGICO DE MULHERES SURDAS
Relatoria:
Marciele de Lima Silva
Autores:
- ALBERLENE BARACHO SALES
- LUCIANA PEDRO DA SILVA LIMA
- ANGELA AMORIM DE ARAÚJO
- TAYNÁ BERNARDINO GOMES
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A consulta ginecológica é um importante momento da assistência à saúde da mulher e uma etapa fundamental na investigação diagnóstica de Alterações ou investigações do sistema genital e reprodutivo feminino (infecções, DST, câncer, lesões). Sendo assim, fundamental para a paciente, pois envolve sua intimidade, muitas vezes permeada por sentimentos de medo e vergonha, tabus e crenças culturais. Nas revisões integrativas, tem se mostrado que mais de 78% dos profissionais de saúde não sabem libras e a dificuldade do acompanhante nas consultas é totalmente excluída. O que dificulta o acesso e a informação da usuária com o serviço de saúde. No caso da paciente surda, é o acompanhante ou intérprete quem explica o problema do usuário e recebe as orientações, o que diminui suas oportunidades de expor dúvidas e questionamentos, limitando sua individualidade e autonomia. OBJETIVO: O estudo teve como objetivo analisar as dificuldades encontradas no atendimento ginecológico nos serviços públicos em mulheres com surdez. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura acerca dos achados sobre a temática, foram localizados na literatura: 6 artigos (Scielo), 03artigos (Cochrane), 07 (Pubmed) utilizando para a busca: Deaf, Health Services, Obstetric; Surdas, Serviços de saúde e Obstetrícia. A amostra final foi composta por 16 artigos, selecionados após análise dos títulos, resumos e textos na íntegra. RESULTADOS: Em grande parte dos artigos analisados, evidenciou-se que as dificuldades enfrentadas pelas pessoas surdas quando buscam atendimento em saúde são ligadas à comunicação, bem como desconhecimento de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) por grande parte dos profissionais de saúde. Os estudos descritos, apontam que a escolaridade das mães e a renda mensal são preditores significativos, entretanto a adaptação na gestão da paciente revela-se frágil, devido à ausência de profissionais de saúde que sabem libras para o seu acompanhamento durante as consultas. Em situações de emergência, a criação de plantão de intérprete de língua de sinais melhoraria muito o acesso à saúde desses pacientes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A inclusão da língua de sinais na prestação de serviços de saúde como a obstetrícia e ginecologia, deve ser analisada para evitar danos a saúde da mulher surda. Tal grupo não pode sofrer prejuízos em razão de sua condição, tampouco deve ser tratado como alguém diferente, pelo contrário o ideal que se busca ao tratar desse assunto.