Introdução: A sedação é um ato médico realizado, mediante utilização de medicamentos, com o objetivo de proporcionar conforto ao paciente. A maioria dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) necessita de sedação, em algum momento durante sua internação, principalmente, quando submetidos à intubação orotraqueal e, consequentemente, à ventilação mecânica. No entanto, apesar dos efeitos benéficos da sedação e analgesia, essa intervenção precisa ser controlada e avaliada diariamente, pois pode ter impacto negativo direto no despertar dos pacientes, ocasionando levando-o a maior período de permanência na ventilação. Objetivo: Relatar através da experiência enquanto enfermeiros acerca da importância de implementação de protocolo de desmame de sedativos em unidade de terapia intensiva. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência qualitativo, descritivo e analítico realizado no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil, no período de novembro de 2021 a julho de 2023. O regime de trabalho na unidade consiste numa carga horária de 36 horas semanais distribuídas em escala de 12 por 36 horas com folgas entre a jornada. Resultados: Observar-se a inexistência de um protocolo definido para o desmame de sedativos em pacientes críticos na presente instituição. Portanto, o processo de desmame baseia-se na avaliação clínica do médico aos pacientes, podem ser empregado diferentes métodos para essa finalidade. Entretanto, é comum a ocorrência de falhas nesse processo de extubação, aumentando tempo do paciente na ventilação e ou ainda em alguns casos a necessidade de reintubação. Neste cenário, equipe de enfermagem tem papel importante na avaliação destes pacientes e detecção de possíveis problemas, auxiliando na avaliação neurológica e contribuindo com seus registros e exames, no processo de despertar. Considerações Finais: Diante das evidências cientificas que reforçam e demonstram a importância do protocolo para desmame de sedativo, destacando como um instrumento norteador da prática assistencial. Faz-se necessário a elaboração e efetivação de um protocolo na presente instituição, almejando uma prática de saúde baseada em evidência e com respaldo institucional. De maneira a contribuir para minimizar possíveis falhas de extubação, diminuindo o tempo na ventilação mecânica, incidência de infecções, mortalidade e outras complicações associadas como aparecimento de lesão por pressão.