INTRODUÇÃO: A violência é definida pela Organização Mundial de Saúde como “o uso de força física ou poder, em ameaça ou na prática, contra si próprio, outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade que resulte ou possa resultar em sofrimento, morte, dano psicológico, desenvolvimento prejudicado ou privação. OBJETIVO: Analisar o perfil sociodemográfico de brasileiros que sofreram nos últimos 12 meses algum tipo de violência. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo com o uso dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), uma pesquisa de abrangência nacional realizada pelo Ministério da Saúde no ano de 2019. A população do estudo foi composta por indivíduos com idade maior ou igual a 18 anos que sofreram algum tipo de violência (seja verbal, física ou sexual) nos últimos 12 meses que antecederam a coleta da pesquisa. As variáveis analisadas por meio de gráfico foram: faixa etária, sexo, situação urbano/rural; escolaridade, renda per capita e raça. O estudo utilizou dados de domínio público, dispensando aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS: A análise das violências sofridas pelos brasileiros nos últimos 12 meses apresentou diferenças significativas nas variáveis acerca dos indivíduos, como: idade de 18 a 29 anos (27%) em comparação a 60 anos ou mais (18,2%); sexo feminino (19,4%) em relação ao sexo masculino (17%); situação urbano (18,9%) em detrimento a situação rural (14,2%); ensino médio incompleto (20,70%) em relação ao ensino superior completo (18,8%) e ao ensino fundamental incompleto (15,30%); renda de até 1 salário mínimo (39,5%) em detrimento a de mais de 3 salários mínmos (16,3%); raça preta (20,6%) em detrimento a raça branca (16,6%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Verifica-se diferenças significativas no perfil da população brasileira vítima de violência estudada. Nesse sentido, denota-se que dentre as vítimas dos vários tipos de violência prevaleceram pessoas da zona urbana; mulheres pretas, jovens e de baixa renda. Tal infortúnio reforça a importância de garantir o direito à vida digna a essa população, para assim manter a integridade dos indivíduos. Para isso, é necessário fomentar as políticas públicas com mais investimentos, visando o fortalecimento de canais de denúncia e das redes de apoio para as vítimas.