Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
A equidade começa nas ruas: consultórios de rua e seu impacto psicossocial
Relatoria:
Bessia Lara Alves Silva
Autores:
- Rayssa Oliveira moura
- Jean Jeyfison de Sousa Mendonça
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), instituído nos meados dos anos 1980/90, fez com que o tema das Redes de Atenção Psicossocial (RAPS) fossem incluídos nas agendas dos gestores e nos planos dos formuladores das políticas de saúde, contribuindo assim para a constituição de redes assistenciais (SANTANA, 2014).
Considerando as ações prioritárias propostas pela Política Nacional de Saúde Mental (PNSM), a Rede de Atenção Psicossocial – RAPS foi criada no âmbito do sistema único de saúde brasileiro com a premissa primeiramente de rede de atenção à saúde temática. Trata-se de uma rede de cuidados que busca garantir às pessoas que se encontrem em sofrimento ou transtorno mental ou com necessidades decorrentes do uso do crack, álcool e outras drogas, com um atendimento integral e humanizado. Nasce com a perspectiva de concretizar um modelo de atenção aberto e de base comunitária, que garanta a livre movimentação das pessoas com problemas mentais pelos serviços de saúde (NOBREGA, 2016).
A RAPS apoia-se na perspectiva de construir serviços diferenciados que atendam pessoas com diferentes necessidades em um trabalho centrado e dividido em quatro eixos: ampliação do acesso, qualificação da rede, ações intersetoriais para reinserção social, reabilitação, prevenção e política de redução de danos (CLEMENTE, 2013).
As redes atravessam equipes e equipamentos de saúde, podendo se articular de uma unidade básica para emergência, ou para um hospital. Os caminhos a serem trilhados são acionados sempre para cada caso, e apoiados nas necessidades dos usuários e nos recursos disponíveis para o seu cuidado (SANTANA, 2014).
Para ampliar o acesso da população à atenção psicossocial, a portaria da RAPS propõe qualificar o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e vinculação das pessoas aos pontos de atenção da rede. A RAPS está presente: na Atenção Básica (Unidade Básica de Saúde; Núcleo de Apoio a Saúde da Família; Consultório de Rua; Apoio aos Serviços do componente Atenção Residencial de Atenção Residencial de Caráter Transitório), Atenção Psicossocial Especializada, Atenção Hospitalar e Atenção de Urgência e Emergência, Estratégia de Desinstitucionalização, Estratégias de Reabilitação Psicossocial, para garantir cuidados continuados em Saúde Mental (NOBREGA, 2016).