Introdução:A violência contra a mulher é um dos principais problemas na saúde pública, envolvendo diversos tipos de violência. É evidente que a Enfermagem tem o primeiro contato com essas mulheres nas triagens de hospitais, UPAS, UBS. A Portaria n.° 204, de 2016 do Ministério da Saúde e da Resolução n.º 564, de 2017, do Conselho Federal de Enfermagem, afirma que é dever da Enfermagem atuar no atendimento de casos de violência contra mulher, e assegura, no art. 52, que quaisquer ocorrências envolvendo violências precisam ser notificadas. Todavia, mesmo com o elevado número de casos as subnotificações estão presentes, ocultando a gravidade real da situação. Ademais, o despreparo dos profissionais de enfermagem para agir nessa situação, pode estar relacionado ao medo da responsabilidade ou desforço, resultando em um atendimento insatisfatório, o que corrobora com a subnotificação dos casos. Objetivo: Compreender as condutas adotadas pelos profissionais de Enfermagem relacionado a subnotificação dos casos de violência contra a mulher. Metodologia: Este estudo é uma revisão integrativa de abordagem qualitativa, na qual foi feita a busca com os seguintes descritores: ‘’ENFERMAGEM, VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, SUBNOTIFICAÇÃO’’, na plataforma BVS Brasil, que procedeu em seis resultados, na qual aplicou-se os seguintes filtros: assuntos: violência doméstica, enfermagem na atenção primária; o intervalo de publicação foram os últimos cinco anos (2018-2023). Resultados: A busca foi feita no dia 15 de junho de 2023 e após aplicação dos filtros resultou em 6 publicações, das quais foram selecionadas 4, estas estavam pertinentes à temática. Ao final do processo de revisão, os artigos evidenciaram que os principais fatores relacionados à persistência da subnotificação dos casos de violência são o despreparo psicológico, além do medo e desconhecimento profissional das condutas necessárias diante da situação. Considerações finais: Conclui-se que as condutas e o despreparo dos Enfermeiros no âmbito da violência contra a mulher, interferem nas suas obrigações como profissionais, influenciando de forma negativa numa assistência qualificada à vítima de violência. Logo, se faz necessário que os profissionais de Enfermagem, importantes aliados para identificação e quantificação dos casos de violência contra a mulher, obtenham conhecimento sobre a importância da notificação e de como ela pode interferir para que medidas sociais sejam implementadas para reverter a situação.