Introdução: Muitas são as doenças que podem acometer os rins, entre elas temos a insuficiência renal – IR, que pode ser classificada em duas formas: aguda e crônica. Objetivo: compreender a ocorrência da IRC, para além das causas tradicionais, buscando contextualizar os determinantes sociais da doença. . Metodologia: Revisão integrativa. Estima-se que, em 2017, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia – SBN, havia cerca de 850 milhões de pessoas com doença renal - DR no mundo, decorrente de várias etiologias, causando pelo menos 2,4 milhões de mortes por ano, com uma taxa ascendente de mortalidade. A prevalência de paciente em tratamento dialítico no Brasil, segundo dados do Inquérito Brasileiro de Diálise Crônica, até julho de 2019, foi de 139.691 pacientes no país. A taxa anual de incidência de pacientes dialíticos no Brasil em 2019 foi de 218/por milhão de habitantes, sendo maior em relação à do ano anterior e maior também que a global da América Latina (154/por milhão de habitantes) e da Europa (127/por milhão de habitantes). A região do MT apresenta a taxa de prevalência em 2016 de 537 pacientes/ por milhão de habitantes, ficando em 11º lugar entre os estados brasileiros. Enquanto em países desenvolvidos a diabetes mellitus, HAS, seguido por processos infecciosos que geram a glomerulonefrite, são as principais causas de DRC, nas últimas duas décadas uma forma grave de DRC foi relatada em indivíduos sem esses fatores de risco. O interesse é que na atualidade tem-se a discussão da doença renal crônica de causas não tradicionais, também denominada doença renal crônica de etiologia desconhecida (sigla DRCnT ou em inglês CKDu), sendo identificado fatores desencadeadores individuais e ambientais/ocupacionais. Considerações Finais: O modelo de produção agrícola atual traz impactos que não se distribuem de forma equânime nos territórios, afetando de forma mais severa os trabalhadores do campo e os povos e comunidades tradicionais, que estão sobre forte ataque pela contaminação das águas, solos e ar, perda da biodiversidade, adoecimentos e mortes relacionadas com a exposição aos agrotóxicos e fertilizantes químicos. A discussão dos agravos em geral, porem focando na IRC é importante para enfermagem, pois, o processo de cuidado é dinâmica e complexo, devendo abranger toda a complexidade do ser humano, logo devemos refletir sobre as outras variáveis presentes nesse processo de cuidado, pensado que algumas podem gerar proteção e outras risco.