Introdução: A sífilis congênita se caracteriza pela transmissão vertical da doença, ou seja, da mãe para o feto. O enfermeiro possui um papel de suma importância na assistência á gestante uma vez que possui autonomia para realizar o pré-natal de forma completa, sendo responsável pelo diagnóstico precoce da sífilis assim como outras doenças, diminuindo então as chances de transmissão vertical. Metodologia: Trata se de uma revisão bibliográfica, realizada na Biblioteca virtual de saúde (BVS). A busca foi realizada no período de janeiro de 2023, utilizando os descritores “sífilis; cuidados de enfermagem; gestante”, diagnosticados no DECS/MESCH, com auxílio do operador boleano “and” para cruzamento destes, além dos filtros “texto completo, recorte temporal de 05 anos e idiomas português e inglês”. Resultados e discussão: Foram selecionados ao total 15 artigos e através destes, culminaram em dois categoriais denominados: "Sífilis congênita e sua problemática frente a saúde pública" e "Assistência de enfermagem direcionada a sífilis congênita". Dentre as principais atribuições relacionadas a assistência do enfermeiro na prevenção da doença podem ser citados o exame de sangue do tipo VDRL, responsável por diagnosticar o patógeno da doença, o exame clínico a fim de buscar por evidências da patologia, a continuidade do pré natal para acompanhamento e por fim, a administração da benzatina para erradicação do patógeno. No entanto, existem implicadores que retardam essa assistência segundo a literatura, tais como, a interrupção do pré-natal por parte da paciente, a não aceitação e entendimento da gestante em relação a doença, o não acompanhamento do parceiro facilitando a contaminação repetida, a falta do medicamento benzatina para tratamento, e a vulnerabilidade da paciente gestante em relação a seu modo de vida. Conclusão: Mesmo diante de algumas problemáticas em relação ao tratamento da sífilis, foi possível perceber o enfermeiro como profissional mais capacitado e instrumento importante no processo de diagnóstico e tratamento da IST, assim como intermediador no processo saúde x doença, com intuito de evitar a transmissão vertical da sífilis, além de melhorar a qualidade de vida da gestante, e seu entorno familiar. Espera se que este estudo possa contribuir de forma significativa aos acadêmicos e enfermeiros, além de proporcionar uma reflexão crítica acerca da temática propondo melhorias no âmbito da assistência ás gestantes.