Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
CONSTRUÇÃO DE UM DIAGNÓSTICO SITUACIONAL POR RESIDENTES DE ENFERMAGEM DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Relatoria:
Julianni Ribeiro Nunes
Autores:
- Sofia Lopes de Araújo
- Jéssica Vilela Silva
- Dafne Louize Gomes Fernandes
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O diagnóstico situacional é uma ferramenta que auxilia conhecer um território, sua população adscrita e as necessidades de saúde dos grupos sociais. Este trabalho descreve a análise realizada em uma Unidade Básica de Saúde da segunda maior favela do Município de São Paulo, por residentes de enfermagem em conjunto com os demais trabalhadores deste serviço. Objetivos: Relatar a experiência da construção do Diagnóstico Situacional de uma Unidade de ESF a partir do reconhecimento das necessidades de saúde da população, perfil epidemiológico, econômico e sanitário como também os recursos do território em que vivem. Métodos: Foi realizada uma análise situacional para caracterização do território, população adscrita e construído um relatório a partir de perguntas semiestruturadas. A construção do diagnóstico teve a participação de profissionais do serviço e foi apresentado em reunião técnica. Os dados utilizados são provenientes do relato de profissionais do serviço, plataforma institucional Power BI, PEC e-sus e site da Prefeitura de São Paulo. As informações coletadas foram separadas por categorias: Informações sobre a população, ambiente, saneamento, transporte, recursos do território, dados socioeconômicos, demográficos, perfil populacional e perfil de doenças. Resultados: Os resultados mostram uma população majoritariamente jovem, com famílias chefiadas por mulheres que ganham até 3 salários-mínimos, residindo em um território acidentado, em construção de alvenaria cujo crescimento é verticalizado, apresentando problemas de saneamento como esgoto não canalizado e áreas de alagamento. O acesso é por transporte público (ônibus) ou particular, têm boa distribuição de serviços, conta com 7 equipamentos públicos de saúde, 15 de ensino e 5 de serviços de assistência social, ainda insuficientes diante da demanda. Conclusão: Tivemos a oportunidade de utilizar o diagnóstico situacional como uma ferramenta fundamental para reconhecimento da população e território no qual trabalhamos e onde se produz saúde e doença. A partir deste exercício reconhecemos quais são as fortalezas e fragilidades locais, sendo possível elaborar um plano de ação baseado nessas prioridades, de modo a subsidiar a reorganização do serviço e possibilitar a oferta de melhores condições de acesso à população: a partir de um cuidado integral, longitudinal e coordenar o cuidado em rede, praticando assim os atributos essenciais da Atenção Primária à saúde e fortalecendo o SUS.