Introdução: O processo de inserção da mulher no mercado de trabalho contribuiu, de maneira significativa, para que ganhassem autonomia e independência e possibilitou a conquista de espaços que antes eram destinados apenas para os homens, no entanto essa inserção da mulher no mercado de trabalho foi estopim para diferenciações no tratamento e nas condições de trabalho de acordo com o sexo da pessoa. Desse modo temos como Objetivo: Identificar na literatura científica quais a implicações sofridas por mulheres que exercem profissões socialmente ocupadas por homens. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura guiada pela pergunta norteadora "quais os desafios que as mulheres encontram ao trabalhar em cenários socialmente masculinos", a pesquisa foi realizada nas bases de dados LILACS, BDENF e MEDLINE, utilizando os descritores "mulheres trabalhadoras", "problemas sociais" e "perspectiva de gênero", os critérios de inclusão definidos foram: estar disponível para leitura na integra nos idiomas português e inglês e ter sido publicado entre os anos de 2012 e 2022. Foram excluídas teses, dissertações, cartas ao autor artigos de revisão e demais textos que não respondessem a questão norteadora. Resultados: Foram identificados 156 artigos nas bases de dados, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 25 estudos para compor a revisão, sendo 10 em português e 15 em inglês. Discussão: A análise dos dados da pesquisa apresenta, de maneira clara, as tensões que vivenciadas pelas trabalhadoras em cargos tipicamente masculinos, de modo que sofrem com a disparidade salarial quando comparadas as médias recebidas por mulheres e por homens; por muitas vezes as trabalhadoras têm sua capacidade intelectual ser questionada no desenvolvimento de seu trabalho; vivenciam rotineiramente assédios morais, sendo expostas a situações degradantes e humilhantes e; sofrem importunação sexual de outros funcionários e de clientes. Conclusão: Ainda é frequente uma visão pautada em uma concepção da sociedade que se caracteriza pela divisão social do trabalho baseado nas diferenças biológicas entre homens e mulheres, de modo que as mulheres passam por situações mais delicadas e recebem menos gratificações pelo serviço prestado, sendo necessária a adequação das leis de proteção a mulher e garantia de igualdade no mundo trabalhista para que para que ocorra a promoção da legitimidade feminina e de oportunidades no mercado de trabalho.