INTRODUÇÃO: Os trabalhadores da segurança pública são vulneráveis às infecções sexualmente transmissíveis, por seu perfil de indivíduos adultos jovens sexualmente ativos, ou dificuldade de acesso aos serviços de saúde, ou percepção de não vulnerabilidade, ou relações de gênero no ambiente organizacional e social do trabalho. OBJETIVO: analisar a percepção de risco para à sífilis em trabalhadores da segurança pública do sexo feminino, na capital do Estado de Goiás, Goiânia. METODOLOGIA: trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva com 47 mulheres por meio da aplicação de instrumento semiestruturado. Para análise dos acervos das narrativas utilizou-se o método de análise de conteúdo, associada ao programa computacional ATLAS TI 5.2, desenvolvido especificamente para a análise de dados qualitativos. Faz parte de um estudo multicêntrico, seguiu as diretrizes estabelecidas na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que obteve a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás, com o número CAAE: 80757617.9.1001.5078 e parecer número: 2.500.582 – Adendo 04, demonstrando o compromisso com a integridade e a ética na condução do estudo. RESULTADOS: verificou-se a emergência de 03 (três) categorias temáticas: (Des) Conhecimento geral sobre a sífilis; Tabus em relação ao uso de preservativo em relacionamento monogâmico; e Novas ferramentas e educação em saúde. Os principais achados revelam a baixa percepção de conhecimento sobre sífilis, a sensação de invulnerabilidade e a baixa adesão ao uso de preservativos entre as mulheres na força policial. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O baixo conhecimento sobre sífilis, percepção de invulnerabilidade e baixa adesão ao uso de preservativos por parte da força policial feminina chega a ser mais preocupante do que a população em geral. Tais resultados reforçam a necessidade de programas eficazes de intervenção para prevenir essa infecção, que tem proporções epidêmicas e projeções de aumento, entre as trabalhadoras da segurança pública. REFERÊNCIAS: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico de sífilis. Número especial outubro 2021. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2021a. World Health Organization. Global progress report on HIV, viral hepatitis and sexually transmitted infections, 2021. Accountability for the global health sector strategies 2016–2021: actions for impact. Genebra: World Health Organization; 2021b.