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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL DE PACIENTES ONCOPEDIÁTRICOS COM TUMORES DO SNC E O TEMPO PARA INÍCIO DO TRATAMENTO
Relatoria:
RAYSSA NAFTALY MUNIZ PINTO
Autores:
  • Ana Maria Gondim Valença
  • Eliane Medeiros Serpa
  • Nyellisonn Nando Nóbrega de Lucena
  • Lecidamia Cristina Leite Damascena
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Os tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) são uma das neoplasias mais incidentes em pacientes pediátricos. Diante dos desafios para enfrentamento do câncer, em 2012 foi criada a lei 12.732, e estabelece que, no Sistema Único de Saúde (SUS), o primeiro tratamento de paciente com neoplasia maligna comprovada deve ser instituído até 60 dias após o diagnóstico. O estudo objetivou descrever características demográficas, clínicas e de tratamento destes pacientes e identificar se houve atraso no início do tratamento de crianças e adolescentes com tumores de SNC assistidas nos hospitais de referência da Paraíba, no período de 2010 a 2019. Trata-se de um estudo de corte histórico, descritivo e com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 115 registros de câncer disponíveis nos Registros Hospitalares de Câncer (RHC) e obtidos a partir do Integrador do Instituto Nacional de Câncer (INCA). As variáveis selecionadas foram classificadas em demográficas, clínicas e de tratamento. O tempo para início do tratamento foi categorizado nos intervalos <= a 60 dias e > que 60 dias. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva. A idade média das crianças e adolescentes foi de 9 anos (±5,22), sendo a maioria no sexo feminino (53,0%; n=61), pardas (65,4%; n=70), residentes na primeira macrorregião de saúde (46,1%; n=53) e atendidos no Hospital Napoleão Laureano (58,3%; n=67). O encéfalo (85,1%; n=98) foi mais acometido, sendo o cérebro a região detalhada mais atingida (33,9%; n=39). A maioria dos encaminhamentos ocorreu no SUS (83,2%; n=89), sendo atendidos na oncologia pediátrica (44,3%; n=51) e a base mais importante para o diagnóstico foi a histologia do tumor (86,8%; n=99). A radioterapia foi o primeiro tratamento hospitalar mais frequente (28,7%; n=33) e a maioria dos pacientes utilizou apenas 1 modalidade terapêutica no início do tratamento (60,9%; n=70). A condição clínica predominante ao final do primeiro tratamento hospitalar foi a estabilidade da doença (56,6%; n=13). O intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento ocorreu conforme a lei em 59,3% (n=67) dos casos. Conclui-se que a maioria dos casos de tumores de SNC ocorreram no sexo feminino, na faixa etária de 5 a 14 anos, com cor de pele parda e começaram o tratamento em até 60 dias após o diagnóstico. No entanto, um número expressivo ultrapassou o tempo estabelecido por lei.