Introdução: A vacinação representa um avanço histórico para a população, e caracteriza-se como intervenção que atua de forma benéfica no organismo humano, contribuindo sobremaneira para a erradicação, prevenção e controle de patologias imunopreveníveis. Apesar da importância de se manter a vacinação atualizada da população, ainda existem dificuldades em aceitar vacinas específicas ou a desaprovação daquelas recomendadas pelo programa, definida como hesitação vacinal, tal atitude é baseada em aspectos culturais, sociais e econômicos. Nesse contexto, a Enfermagem, tem a competência de gerenciar a sala de vacinas e atender todas as demandas do serviço de saúde. Objetivo: Identificar na literatura fatores que contribuem para redução da cobertura vacinal em crianças. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, feita por meio das bases de dados: LILACS e MEDLINE, durante o mês de julho de 2023. Utilizou-se os seguintes descritores "Saúde da Criança", “Vacinação” e “Cobertura Vacinal”. Os critérios de inclusão foram: estudos que respondessem ao objetivo da pesquisa, disponíveis gratuitamente e publicados em até 5 anos. Foram selecionados 27 artigos para a revisão e, ao final, obteve-se uma amostra com 4 artigos. Resultados: Estudos enfatizam que os fatores contribuintes para a baixa cobertura vacinal em crianças envolvem desde o déficit na formação de profissionais até as irregularidades no fornecimentos de imunobiológicos aos aspectos laboratoriais tanto públicos quanto privados. Outras evidências envolvem a ausência de vacinas nas unidades de serviços mesmo por curto período de tempo, disseminação de Fakes News, resistência em vacinar a criança por parte de responsáveis, registros equivocados de dados vacinais no sistema de saúde bem como a falta de disponibilidade dos responsáveis. Registra-se ainda que a etnia, condições socioeconômicas, multiparidade, consultas de pré-natal e a puericultura incompletos ou com assistência deficiente podem estar relacionados com a queda da imunização. Não obstante, durante o pico da COVID-19 em 2020, enfatiza-se o declínio na administração de vacinas para a população. Considerações finais: Enfatiza-se que a baixa adesão a vacinação é complexa e multifatorial, dessa forma, torna-se necessário avaliar as situações que contribuem para baixa adesão vacinal em crianças, de maneira ampliada e regionalizada para poder solucionar as questões de baixa adesão.