Este estudo surgiu a partir das experiências vivenciadas na residência multiprofissional, como enfermeira, em uma unidade de saúde do Rio de Janeiro, tendo como objetivos: propor estratégias para diminuição do estigma da pessoa que Vive com HIV; Descrever os fatores estigmatizantes da pessoa com HIV positivo e as implicações destes no processo de cuidado de enfermagem; Analisar as implicações no cuidado de enfermagem dos fatores estigmatizantes da pessoa com HIV. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado no período de dezembro de 2021 a março de 2023. O cenário foi um Hospital Escola, vinculado a um Instituto de Atenção à Saúde, localizado no município do Rio de Janeiro - RJ. Este fornece serviços no âmbito da Rede de Atenção à Saúde, além das atividades de ensino, pesquisa e extensão. As participantes da pesquisa foram 11 mulheres, devido à grande desigualdade de gênero e vulnerabilidade feminina, todas acompanhadas no Serviço de Atenção Especializada (SAE), tendo como critérios de inclusão: mulheres portadoras de HIV, maiores de 18 anos, em tratamento no SAE há mais de seis meses. Como critérios de exclusão: homens, menores de idade e portadores de HIV sem tratamento no SAE. A coleta de dados ocorreu no período de junho a dezembro de 2022, tendo como técnica de coleta de dados a entrevista semi-estruturada, sendo a análise de dados realizada através da análise de conteúdo.O estudo respeitou os aspectos éticos vinculados a uma pesquisa com seres humanos, seguindo a Resolução 466/12, tendo aprovação no Comitê de ética em pesquisa - sob o número de parecer: 5.614.061. Como resultados foram identificadas duas categorias temáticas, sendo estas: Implicações do cuidado de enfermagem na redução do estigma das mulheres portadoras de HIV; Estratégias e ações para a redução do estigma de mulheres portadoras de HIV sob a ótica das usuárias. Com os resultados do presente estudo foi possível ter melhor compreensão em relação ao estigma das pessoas que vivem com HIV, que frente ao diagnóstico e opinião da sociedade, sentem-se por vezes em uma sentença de morte, demorando pela busca por tratamento, com vistas a minimizar estigma provocado pela doença. Nessa perspectiva, sugere-se que profissionais de enfermagem, sociedade, mídia, políticas públicas de saúde envolvam-se com maior ênfase na busca por estratégias para minimizar o estigma e proporcionar o cuidado de enfermagem de modo ético e humaniado, garantindo a continuidade do tratamento.