Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
ASPECTOS LABORAIS DE AGENTES DA LIMPEZA URBANA
Relatoria:
Marta Carol Taveira da Silva
Autores:
- Edyeuza Alixandrina Ferreira Cordeiro
- Danielle Pereira da Silva
- Antonio Coelho Sidrim
- Célida Juliana de Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Os garis lidam diariamente com riscos no trabalho, pois, são expostos a acidentes com materiais perfurocortantes, riscos de origem física, biológica, além de lidarem com o trânsito. O estudo objetiva descrever aspectos laborais de agentes de limpeza urbana. Pesquisa transversal descritiva de abordagem quantitativa, com 86 garis vinculados a prefeitura e a uma empresa terceirizada na cidade do Crato/Ceará. Os dados foram coletados entre maio e novembro de 2022 por meio de um formulário específico para o estudo. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer 5.307.966. Houve a prevalência do sexo masculino (94,2%), indivíduos casados (41,9%), católicos (75,6%) e pardos (58,1%). A média de idade foi de 39,5 anos e a de escolaridade foi de 8,1 anos de estudos, sendo que 43% possuem o ensino fundamental incompleto. A média salarial foi de R$ 1.585,6. Cerca de 37,2% fazem a varrição de ruas, 30,2% coleta de lixo, 16,3% são capinadores, 9,3% são motoristas e 7% operam máquinas. Em relação ao tempo em que exercem a profissão, o mínimo foi de 1 mês e o maior foi de 36 anos, sendo a média de tempo de trabalho em 98,6 meses (DP + 100,2). A média de dias de trabalho semanal é de 5,7 dias (DP + 0,6), com 76,7% das atividades no período diurno, apresentado a média de 7,8 horas trabalhadas (DP + 0,9 horas). A relação com os colegas de trabalho era ótima para 93% da amostra. Para 60,5% a atividade laboral é considerada desgastante, sendo que 87,2% fazem o uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos. Os equipamentos mais usados entre os coletadores são uniforme (100%) e luvas (96,1%), entre os capinadores tem-se chapéu/boné (71,4%), entre os varredores, o uniforme (90,6%), entre os motoristas, são as botas (87,5%) e para os operadores de máquina, tem-se o uso do uniforme e de chapéu/boné, ambos com 83,3%. Sobre o perigo de se acidentar durante o serviço, 86% considera que existe essa possibilidade, sendo que 22% deles já sofreu algum tipo de acidente de trabalho como cortes, queda do caminhão e atropelamentos em via pública. Dos 19 que sofreram acidente, 11 buscaram a emergência hospitalar ou a unidade básica para o atendimento. Os resultados da pesquisa fornecem dados sobre aspectos laborais dos trabalhadores, podendo ser utilizado para a formulação direcionada de estratégias de promoção da saúde adequadas às características específicas da população pesquisada.