Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
EVENTOS ADVERSOS NO PRIMEIRO ANO DE VIDA NO ESTADO DA PARAÍBA, BRASIL
Relatoria:
Anne Milane Formiga Bezerra
Autores:
- Betânia Maria do Nascimento Nóbrega
- Naryanne Nathally da Silva Lacerda
- Wesley Pereira de Oliveira
- Ana Carla Abrantes de Sá
- Wilma Kátia Trigueiro Bezerra
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Tese
Resumo:
Introdução: Os eventos adversos pós-vacinação (EAPV), podem ser definidos enquanto situações clínicas indesejáveis, que ocorrem em indivíduos submetidos à administração de imunobiológico. Nesse sentido, as vacinas são produtos farmacológicos e não estão isentas de ocasionar eventos adversos em determinados indivíduos. A maioria dos EAPV é considerada leve, como por exemplo, reação local e febre. Também podem se apresentar como moderados a graves, ocasionando a hospitalização e ou incapacidade, ou até a morte. Objetivo: Descrever acerca dos efeitos adversos vacinais na Paraíba no período de 2011 a 2017 em pacientes menores de um ano. Método: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica e retrospectiva, de série temporal e do tipo ecológico. A pesquisa ocorreu no período de 2011 a 2017, por meio do acesso virtual ao Sistema de Informação da Vigilância de Eventos Adversos Pós-Vacinação (SI-EAPV) no estado da Paraíba. Os dados extraídos foram considerando o registro das doses aplicadas de cada vacina em crianças menores de 01 ano de idade, estratificados por macrorregiões de saúde. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva. O Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) foi utilizado, onde foi aplicado o teste de Qui-quadrado de Pearson sendo considerado como significante o valor de p< 0,05. Resultados: Foi possível observar um aumento considerável de efeitos dentre os anos, com flutuações entre 2017 e 2017. Entre 2011 e 2013 foram registrados menos de 10% de eventos adversos. Nesse sentido, teve destaque dos efeitos adversos mais prevalentes, a saber, febre (21,3%) seguido da cianose (19,4%), Hipotonia/Episódio Hipotônico com 17,5% e convulsão com 12,8%. Os outros eventos apresentaram prevalência de menor que 8%. Com inferência acerca das vacinas administradas, 97,2% dos que apresentaram eventos adversos tomaram a vacina Penta-valente, 40,3% dos que tomaram a vacina Pólio inativada tiveram algum tipo de evento adverso. Já para a vacina contra o Rotavírus, apenas 28,9% dos que tomaram tiveram algum tipo de evento, resultado igual também foi encontrado para vacina Pneumo10. Conclusão: Verificou-se, uma elevada proporção de EAPV em crianças residentes do estado da Paraíba, com pico no último ano avaliado, sendo os de maior prevalência a febre, cianose, evento hipotônico e convulsão. O imunobiológico com maior ocorrência de EAPV foi a pentavalente e o evento mais frequente foi a febre.