INTRODUÇÃO: O Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais das Nações Unidas (CESCR) cita que os direitos à saúde para ser cumprido, deve conter os seguintes serviços: atendimento perinatal, orientação quanto ao planejamento familiar, acesso a atendimentos obstétricos, além de ser implantados ações que visem a prevenção, tratamento e controle de ISTs. Nesse sentido, impõem sobre as nações internacionais a necessidade de reconhecer e conceder proteção aos migrantes, quanto à garantia do cumprimento e assistência dos direitos relacionados aos cuidados de saúde fundamental, como a saúde sexual e reprodutiva (SSR). (Chen,2022). OBJETIVO: Identificar os desafios relacionados à saúde sexual e reprodutiva das mulheres migrantes. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo revisão integrativa de literatura, de caráter qualitativo. O levantamento bibliográfico, se deu por meio de uma pesquisa exploratória de documentos em formato eletrônico presentes na Biblioteca Virtual em Saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos demonstraram que os profissionais de saúde classificaram seu conhecimento (26%) e confiança (16,4%) para prestar os cuidados em saúde reprodutiva e sexual para mulheres refugiadas e migrantes como baixo ou muito baixo, muitas vezes devido à falta de treinamento. Além disso, também, foi possível identificar uma baixa procura dos serviços de saúde pelas mulheres, seja por obstáculos financeiros ou pela barreira linguística e discriminação. Ademais, o último estudo traz que as privações socioeconômicas ou de acesso à saúde, assim como a exposição a violência sexual, aumenta o número de gravidezes indesejadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A construção do capítulo permitiu identificar desafios relacionados à saúde sexual e reprodutiva das mulheres migrantes, como a falta de estrutura nos locais onde residem essas mulheres ou durante o seu translado, a falta de profissionais devidamente treinados, a dificuldade na comunicação e o suporte financeiro para aplicar os tratamentos.