Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
CUIDADOS DE ENFERMAGEM À FÍSTULA ENTEROCUTÂNEA: UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE FÍSTULA
Relatoria:
Aélya Drisana Dias Gomes de Araújo
Autores:
- Aline Magalhães de Lima
- Jéssica Maria Silva de Carvalho
- Antonia Jocileide Neves da Silva
- Francisca Áurea Portela Martins Carvalho
- Jéssica Pereira Costa
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A fístula enterocutânea se caracteriza pela ligação anormal entre o interior do trato gastrointestinal e a pele. Pode estar relacionada à Doença de Crohn, cirurgia abdominal, neoplasia intestinal, vazamento anastomótico e radiação. O tratamento é individual e específico, como drenagem, cirurgia definitiva, medidas conservadoras para fechamento espontâneo e cuidados com o local da ferida. Neste último, o enfermeiro utiliza tecnologias que promovem a proteção e tratamento da pele, como o sistema de fístula. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem no uso do sistema de fístula na assistência de enfermagem ao paciente com fístulas enterocutâneas. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre a utilização do sistema de fístula na assistência de enfermagem a um paciente com fístula enterocutânea durante a disciplina Estágio Curricular II do curso de enfermagem, em um hospital público de Teresina-PI, nos meses de agosto e setembro de 2022. Relato de experiência: O sistema de fístula foi indicado pela estomaterapeuta como tecnologia terapêutica de fístulas enterocutâneas em uma paciente com histórico de câncer de colo de útero há oito anos, evoluindo com enterite actínica, seguida de reabordagens cirúrgicas. Devido à maior área de superfície, esse sistema aumenta o tempo de permanência, diminui as trocas sucessivas de curativos e bolsas e possui boa capacidade de adaptação aos contornos anatômicos, reduzindo possíveis extravasamentos e a exposição da pele ao efluente da fístula, minimizando danos teciduais e atraso na cicatrização. A estomaterapeuta realizou a técnica de aplicação da tecnologia, que consiste na limpeza da região, aplicação da base sobre a pele e insuflação da bolsa, sobre a qual é posicionada a janela que permite o acesso, aspiração e irrigação da fístula. Além disso, realizou-se o cuidado com a pele perifístula, controle hidroeletrolítico e suporte nutricional. A utilização da tecnologia permitiu a eficiência do cuidado, regressão das áreas hiperemiadas e redução da apreensão e dor do paciente, melhorando a qualidade do tratamento. Conclusão: O conhecimento sobre novas tecnologias é imprescindível ao enfermeiro, visto seu protagonismo no tratamento de feridas, a fim de oferecer melhores condições de cuidado. Assim, a experiência contribuiu para a formação e aprimoramento profissional das acadêmicas, uma vez que não é uma tecnologia acessível e recorrente no processo de trabalho.