Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
Estratégias de enfrentamento e adoecimento psíquico de estudantes de enfermagem no pós-pandemia
Relatoria:
GIRLIANI SILVA DE SOUSA
Autores:
- Anna Laura Semeao Mena
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A saúde mental de estudantes do curso de enfermagem tem sido afetada de maneira significativa pela pandemia de COVID-19, apresentando uma variedade de impactos que incluem desde níveis elevados de estresse e ansiedade até a manifestação de sintomas depressivos e transtornos psicológicos mais severos. Objetivo: Analisar os sintomas de depressão, ansiedade, estresse, ideação, comportamento suicida e as estratégias de coping entre estudantes de enfermagem de uma instituição de ensino público do nível superior do estado de São Paulo. Método: Trata-se de um estudo quantitativo de caráter transversal. Foram coletadas respostas de 107 estudantes entre os meses de março e abril de 2023 por meio de um questionário online via forms distribuído conforme divulgação nas redes sociais. Os dados foram analisados pelo programa estatístico e por meio de descritivas. Resultado: A maioria dos participantes do estudo é do sexo feminino (86,7%), mulheres cisgêneros (85%), com faixa etária de 21 a 30 anos (67,3%), heterossexual (62,2%), solteira (89,9%), branca (69,2%) e possuem religião (64,2%). Em geral vivem com a família (76,7%), com renda familiar de 2 a 4 (40%) e 4 a 6 (24,2%) salários mínimos, não trabalham (75%) e não possuem renda pessoal (41,7%), apenas 18,3% que recebem assistência estudantil. Viu-se que 39,2% (n=47) dos participantes receberam diagnóstico clínico de transtorno mental durante ou após a pandemia, sendo ansiedade o mais prevalente (36,7%) em comparação com depressão (14,2%). Tendo 21,4% iniciado uso de medicação durante ou após o período pandêmico. A pandemia afetou negativamente a perspectiva profissional de 42,5% (n=51) e impactou o rendimento escolar de 74,2% (n=89) dos entrevistados. Além disso, a rotina universitária pós-pandemia também foi percebida como sobrecarregada por 71,7% (n=86) dos participantes. 63,3% (n=76) dos participantes já desejou estar morto/a ou desejou poder dormir e nunca mais acordar, enquanto 42,5% (n=51) dos participantes já pensaram em tirar sua própria vida. Ainda mais, verificou-se que as principais estratégias positivas de enfrentamento utilizadas foram aceitação de responsabilidade (70,83%) e resolução de problemas (76,67%). Conclusão: Os resultados do estudo revelam que a pandemia de COVID-19 teve um impacto significativo na saúde mental e bem-estar dos estudantes tanto durante quanto após esse período.