Introdução: O presente artigo relata o posicionamento no parto vaginal e a ocorrência de lacerações perineais. A gestação é um fenômeno fisiológico que fornece grandes mudanças, não só na vida da mulher, mas também para sua família. O parto normal proporciona grandes benefícios à mulher e ao seu bebê por respeitar a natureza do corpo e o momento de maturidade fetal. Todavia, a maioria das mulheres sofre algum tipo de lesão perineal no momento da passagem do feto pelo canal vaginal. Objetivos: O presente estudo objetiva descrever a correlação entre os graus de laceração e as posições adotadas durante o período expulsivo do parto pelas parturientes atendidas em hospitais de dois municípios do estado de Rondônia. Métodos: Estudo descritivo com abordagem correlacional, com parturientes atendidas no Centro de Parto Normal (CPN) dos municípios de Ariquemes e Ji-Paraná. A amostra constitui na população total de 1.522 mulheres na faixa etária acima de 14 anos, que realizaram parto vaginal de janeiro a dezembro de 2018. Os dados foram coletados em banco de dados das pacientes que atenderam aos critérios de inclusão. O estudo foi aprovado pelo CEP parecer n.º: 4.867.445. Resultados: Com as análises, feita através deste estudo nos CPN, em Ariquemes, a faixa etária prevalente, eram de paciente com idades entre 19 a 34 anos (68,86%). O CPN de Ji-Paraná, por sua vez, possui resultados bem semelhante, com prevalência de pacientes de 19 a 34 anos (73,19%). Notou-se que em ambos, a maior prevalência de posição adotada pelas parturientes no período expulsivo do parto, era a posição Fowler, sendo 67,18% em Ariquemes e 70,79% em Ji-Paraná. Também foi possível observar que em Ariquemes e Ji-Paraná, a maioria das mulheres não apresentou nenhum grau de laceração, 46,88% e 36,74% respectivamente. Conclusão: Nos resultados obtidos foi observado uma maior prevalência da posição Fowler, e a ausência de laceração na maioria dos partos. Corroborando o incentivo ao uso de posições verticalizadas a fim de ofertar um trabalho de parto menos traumático e consequentemente a integridade perineal das pacientes. Com isso, vale ressaltar que falta de informações sobre o parto normal gera medo e inseguranças nas parturientes, os profissionais de saúde devem estar habilitados para orientar e apoiar as parturientes na escolha posição adotada, além de garantir a segurança da mãe e do bebê.