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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
PREVALÊNCIA DE MULTIMORBIDADE EM PESSOAS IDOSAS EM PAÍSES DE BAIXA, MÉDIA E ALTA RENDA
Relatoria:
Julia Emmily Gomes dos Santos Silva
Autores:
  • Paula Yhasmym de Oliveira Feitosa
  • Danielle Samara Tavares de Oliveira-Figueiredo
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A multimorbidade consiste no agrupamento de duas ou mais doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Países de baixa e média renda apontados classicamente pela carga de doenças infecciosas, apresentam mudanças devido a transição demográfica e transformações no estilo de vida da população. Já países de alta renda, majoritariamente, países desenvolvidos apresentam maior carga de DCNT. Todavia, observa-se grande disparidade entre a carga de DCNT nos países de baixa/média renda e naqueles com alta renda. Objetivou-se investigar na literatura a prevalência de multimorbidade em pessoas idosas, em estudos de base populacional, em países de baixa, média e alta renda. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em julho de 2023 na base da National Library of Medicine (PUBMED) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), empregando os descritores DESC e MESH "Prevalence" AND "Multimorbidity" AND "Older aduls" AND “Developing Coutries”, utilizando-se para inclusão estudos em português, inglês e espanhol, disponíveis gratuitamente e na íntegra, excluindo estudos que não abordavam diretamente o tema proposto. Dentre os países analisados os EUA obtiveram maior prevalência, 84,3%, seguida pela China 74,6%, Canadá 66,4%, Brasil 62,6% e França com 51%. Outro estudo observou que em todos os países houve um aumento da prevalência de multimorbidade com a idade (p < 0,05); houve aumento de 3,8% (95% CI, 3,0 – 4,6) para 18–49 anos, 12,8% (95% CI, 10,5 – 15,2) para 50–64; e 21,3% (IC de 95%, 17,1 – 25,5) para 65 + de acordo com uma pesquisa realizada pela United Nations Statistical Division records para 2003. O Produto Interno Bruto (PIB) foi associado positivamente a prevalência de multimorbidade. Assim, nota-se que a prevalência de multimorbidade é influenciada pela realidade socioeconômica em que o indivíduo está inserido. Há uma grande disparidade das evidências existentes entre países de baixa e média renda com os países de alta renda, ainda que a quantidade de estudos tenha crescido nos últimos anos e demonstrado maior prevalência de multimorbidade em países em desenvolvimentos, frequência entre mulheres, pessoas mais velhas, aqueles com nível socioeconômico mais baixo, com menor escolaridade e entre residentes em áreas cobertas pela Estratégia Saúde da Família (ESF), poucos são os estudos que analisam sua magnitude entre essas populações, e em pesquisas a nível nacional, necessárias para subsidiar políticas públicas e planejamento da saúde mundial.