NTRODUÇÃO:O uso de substâncias psicoativas (SPA) em nossa sociedade adquiriu, mediante seu uso crônico, características sociais e culturais que ultrapassam uma problemática de saúde da esfera individual e passam a compreender um problema de saúde pública. Desse modo, não apenas relacionados ao sujeito dependente químico, os fatores funcionais das dinâmicas familiares construídas sobre diferentes contextos sociais, econômicos e de experiências de vida são evidenciados no processo de análise e compreensão sistêmica do uso de entorpecentes. Nesse contexto, por meio de um estudo exploratório.OBJETIVO: Apreender as representações sociais de familiares acerca da drogadição. METODOLOGIA: De início, coletamos dados bibliográficos e documentais que contemplassem os objetivos da nossa investigação. Seguidamente, analisamos os prontuários dos usuários e seus familiares a fim de traçar dados que relacionem sua dependência química aos aspectos socioeconômicos deforma quantitativa e qualitativa. RESULTADOS: A análise de dados qualitativos se desenvolveu a partir da técnica de Análise Categorial-Temática,desmembrando o texto em unidades-tema e as avaliando a partir do Software IRAMUTEQ (Interface de R PouranalysesMultidimensionnelles de Textes et de Questionneires). Como procedimento de avaliação dos dados quantitativosfoi feita uma análise bivariada, adotando o nível de significância menor que 0,05, por meio do teste qui-quadrado de Pearson, para investigar associações entre as variáveis dependentes e independentes do estudo. Os resultados obtidos apontaram uma representação do processo complexo de cuidado com os problemas com uso de álcool e outras drogas em uma rede de influências multifatoriais que tornam os profissionais da saúde e familiares grupos com altas possibilidades de atuação em prol da abstinência e bem-estar do usuário em tratamento. CONCLUSÃO:A família é, percebida como uma rede nevrálgica de importância no tratamento de dependentes químicos, sendo a menor das intervenções potencializada por uma ambientação familiar estruturada. Em contrapartida, em realidades de instabilidade biopsicossocial fomentada por problemas familiares, o próprio uso abusivo de SPA pode ser observado como tendo origem na própria família que pode perpassar o vício por questões hereditárias e culturais.