Introdução. A duração do trabalho de parto ativo varia muito entre as parturientes. Os métodos não farmacológicos para alívio da dor são estratégias utilizadas, entre elas destacam-se a mobilidade pélvica, deambulação, exercícios respiratórios, massoterapia, musicoterapia, bola obstétrica, hidroterapia e postura da parturiente. Objetivo. Analisar o uso de métodos não farmacológicos para alivio da dor em relação a duração e a progressão do trabalho de parto. Método. Foi um estudo de corte transversal e descritivo, realizado em uma Maternidade pública em Manaus (AM), no período de janeiro a dezembro de 2019, com dados secundários, obtidos em prontuários e partogramas de parturientes de risco habitual, que realizaram parto vaginal (N=395). Foram avaliadas variáveis sociodemográfica, obstétrica e os métodos não farmacológicos utilizados para alívio da dor, sendo que no Centro de Parto Normal Intra-Hospitalar (CPNIH) só atuam enfermeiros e no Pré-parto, Parto, Pós-Parto (PPP) os partos são assistidos predominantemente por médicos. Fez-se análise de associação entre parturientes assistidas no CPNIH e aquelas do PPP, em relação ao uso de métodos não farmacológicos. Utilizou-se o teste de x2 de Pearson, com nível de significância de 5%. O estudo teve aprovação do Comitê de Ética (Plataforma Brasil, Parecer nº 2.829.007). Resultados. Dos 395 partos, a maioria das parturientes era da faixa etária de 18 a 21 anos (45%) e parda (76,7%); tinha ensino médio incompleto (48%), união estável (91,6%) e teve acompanhante na maternidade (97,4%). A análise de associação mostrou diferença estatística significante do uso de métodos não farmacológicos entre CPNIH e PPP (p<5%). Os métodos utilizados no CPNIH foram musicoterapia (95%), ambiente com penumbra (92,3%), aromaterapia (91,6%), musicoterapia (87,7%), agachamento (78,3%), escada de Ling (73,5%), hidroterapia (71%), deambulação (67,9%), bola obstétrica (53,2%) e o cavalinho (35,8%); enquanto no PPP apenas o cavalinho foi ofertado (64,1%). Dos métodos utilizados, a postura de cócoras demonstrou associação positiva em relação à dilatação (p=0,025) e na duração de trabalho de parto. Considerações finais. Os resultados mostraram que os métodos não farmacológicos para alivio da dor foram mais utilizados no CPNIH e tiveram relação positiva com a duração e a progressão do trabalho de parto. Isso aponta para a necessidade de implementação do uso desses métodos em todos os ambientes de assistência ao parto.