Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO NÃO ACESSÍVEL COM PESSOAS SURDAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Josemara Barbosa Carneiro
Autores:
- Neucilia Oliveira Silva
- Francisco Jardsom Moura Luzia
- Pedro Alberto Paixão Silva
- Ainoã de Oliveira Lima
- Monaliza Ribeiro Mariano Grimaldi
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
O público surdo está inserido em uma conjuntura onde se predomina a oralidade. Nesse contexto, a comunicação representa a principal barreira para compartilhamento e aquisição de informações, visto que a principal forma de comunicação com a comunidade é através da Língua Brasileira de Sinais, sendo o Português a segunda língua utilizada por eles. O estudo tem por objetivo relatar experiência na aplicação de questionário não acessível com pessoas surdas. Trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de experiência, referente a aplicação do Questionário de Avaliação de Tecnologia Assistiva com Público Surdo, por pesquisadores enfermeiros, para validação aparente de vídeo acessível com questões sobre doação de sangue para surdos, realizado em junho de 2023 em uma instituição para ensino de surdos localizado no estado do Ceará. A exposição do vídeo ocorreu no laboratório de informática da instituição, com sete estudantes e, durante todo o momento, o intérprete de libras esteve presente para facilitar a comunicação entre os pesquisadores e os participantes. Para realizar a coleta de dados da validação, foi aplicado o questionário, na língua portuguesa, no formato impresso e foi necessária a tradução para Língua Brasileira de Sinais do instrumento, item por item, para que os participantes fizessem o preenchimento. Assim, foi realizada a leitura do item seguida da tradução em libras pela intérprete. Durante esse momento, pôde-se observar que alguns dos participantes sentiram dificuldade em compreender o que estava sendo traduzido do questionário em alguns dos itens, o que necessitava explicar para a intérprete o que o item queria transmitir, para que, a partir dessa explicação, fosse possível traduzir de forma mais clara aos participantes do estudo e assim pudessem dar continuidade no preenchimento do instrumento. Foi necessário que o pesquisador constantemente se adaptasse as perguntas realizadas, esse processo permitiu uma construção da comunicação de forma assertiva e direcionada, tanto para os fins da pesquisa como para o estreitamento de laços como os participantes. A aplicação de questionário não acessível com público surdo, pode dificultar a interpretação do que está sendo perguntado e, assim, acarretar possível viés para a pesquisa.