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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
ANÁLISE DO PERFIL GESTACIONAL QUANTO A INADEQUAÇÃO DE PRÉ-NATAL EM MATO GROSSO EM 2021
Relatoria:
Adrya Renata Santana Machado
Autores:
  • Priscila Dutra da Silva
  • Ediálida Costa Santos
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O pré-natal é um fator essencial durante uma gestação saudável, sendo preconizado no Brasil o número mínimo de 6 consultas a serem realizadas. Quando não realizado, pode colocar a mãe e o bebê em risco, por ser possível realizar ações preventivas e de identificação precoce de patologias materno-fetal, o que permite desse modo o melhor desenvolvimento do feto e reduz o risco de complicações na saúde da gestante. Objetivo: Analisar o perfil de gestantes que realizaram pré-natal inadequado e das que não fizeram nenhuma consulta de pré-natal no estado de Mato Grosso no ano de 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, de análise descritiva, que utilizou dados do Sistema de Informações sobre Nascidos vivos - SINASC do ano de 2021. Foi avaliado dados de gestantes classificadas como “pré-natal inadequado”, ou seja, que iniciaram o pré-natal após o terceiro mês de gestação e aquelas que, iniciaram o pré-natal até o terceiro mês de gestação, mas fizeram menos de três consultas; e das classificadas “nenhuma consulta” que durante toda a gestação, não realizaram nenhuma consulta. Foi analisado o perfil segundo a idade em categorias 10 à 19 anos, 20 à 34 anos e de 35 à 49 anos e raça/cor. As bases de dados são de consulta pública e por este motivo não foi necessária a aprovação do comitê de ética. Resultados: De maneira preliminar, os dados analisados no ano de 2021 no estado de Mato Grosso registrou um total de 57.841 gestantes, que destas, 9.536 gestantes realizaram pré-natal inadequado, e 230 não realizaram nenhuma consulta. No pré-natal inadequado, verifica-se que a maioria (67,21%; n= 6409) tinham entre 20 a 34 anos e (66,04%; n= 6298) eram pardas. Já na classificação de que não realizaram nenhuma consulta, foi encontrado que a maioria (64,35%; n= 148) das mulheres tinham entre 20 a 34 anos e (63,48%; n=146) eram pardas. Considerações finais: Diante da análise dos dados, é evidenciado o perfil prevalente de mulheres que não realizaram pré-natal ou que o fizeram de forma inadequada são da raça-cor parda, o que pode sugerir uma condição de vulnerabilidade social, sendo necessária maior atenção no processo de atendimento. A enfermagem durante a assistência deste perfil, pode atuar na identificação de aspectos frágeis, de modo empático e livre de julgamentos, proporcionando criar um vínculo e se sentirem seguras em retornar e continuar as consultas, objetivando intervenções para o enfrentamento das fragilidades, com vista ao seu empoderamento.