Introdução: No público universitário os distúrbios do sono são incidentes diante das diversas mudanças ocasionadas na rotina e psicológico dessa população. Para tanto, a ansiedade como um componente agregado a esse contexto pode interferir nos padrões de qualidade do sono, assim como potencializa os efeitos da sonolência diurna, uma vez que altera os processos fisiológicos e interfere no corpo humano. Dessa forma, teve-se como objetivo avaliar a correlação entre a ansiedade com qualidade do sono e sonolência diurna em estudantes universitários de curso de graduação em enfermagem. Metodologia: trata-se de uma pesquisa descritiva transversal com abordagem quantitativa, realizada em 2022 em uma universidade privada. Os instrumentos utilizados na coleta dos dados foram o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI), Escala de Sonolência de Epwort-th (ESE), além de um questionário sociodemográfico. Para análise das associações entre as escalas foi aplicado o teste paramétrico de correlação de Pearson. A pesquisa obteve sua aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com o seguinte número de parecer: 5.312.405. Resultados: participaram 255 acadêmicos de enfermagem, sendo a maioria do sexo feminino (84,71%), solteiros (81,57%), com renda individual de até um salário mínimo (58,82%). Foram encontrados padrões de ansiedade grave, com níveis de sonolência diurna anormal. A correlação entre o BAI com a ESE e o PSQI, que embora tenha sido considerada fraca a moderada, por sua vez mostrou-se significativa (r=0,29; p=0,01). Ademais, temos que, a relação entre o BAI e o PSQI mostrou-se também com valor de significância (r=0,35; p=0,01). Conclusão: a ansiedade pode interferir na qualidade do sono e sonolência diurna do público de estudantes de Enfermagem.