INTRODUÇÃO: O uso do preservativo masculino e feminino é considerado o método mais eficaz e acessível para a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e de uma gestação indesejada. É distribuído gratuitamente no Brasil pelo Sistema Único de Saúde e a não utilização nas relações sexuais é considerada um comportamento sexual de risco. OBJETIVO: Descrever o panorama do uso de preservativo nas relações sexuais no Maranhão diante da Pesquisa Nacional de Saúde. METODOLOGIA: Estudo ecológico, realizado por meio de dados abertos disponíveis na Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. O desenvolvimento desta análise foi realizado em junho de 2023 e utilizou-se a abordagem “atividade sexual”, que investigou dados sobre a sexualidade de pessoas com 18 anos ou mais. A abrangência foi o Estado do Maranhão e as variáveis utilizadas para esta pesquisa foram “Pessoas acima de 18 anos que realizaram ao menos uma relação sexual na vida, uso de preservativo nos últimos 12 meses” e sua relação com as características sociodemográficas: sexo biológico, cor/raça, faixa etária, escolaridade, renda e ocupação trabalhista. Os dados foram organizados em uma planilha eletrônica no Microsoft Excel (2016) e apresentados por meio de análise descritiva. RESULTADOS: O total de participantes que informaram ter realizado ao menos uma relação sexual na vida foi de 4526. Destes, uma pequena porcentagem informou a utilização de preservativo em todas as relações sexuais nos últimos 12 meses (18,42%). Dos que utilizaram, maior parte foi do sexo masculino (60,2%), com faixa etária de 18 a 29 anos (41%) e pardos (68,82%). A escolaridade predominante foi o ensino Médio completo (43,73%), maior parte informou possuir renda de até um salário mínimo (80,46%) e de terem alguma ocupação trabalhista (62,47%). CONCLUSÃO: Foi possível observar que o numero de pessoas que utilizam preservativos durante todas as relações sexuais ainda é muito baixo e que maior parte são homens de cor parda, que trabalham e possuem renda de até um salário mínimo. Verifica-se com isto a necessidade de novas políticas publicas com a finalidade de disseminar o uso de preservativos nas relações sexuais.