A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é considerada uma Doença Crônica Não Transmissível. A doença é definida quando os valores pressóricos atingem níveis maiores ou iguais a 140x90 mmHg. De acordo com a literatura científica, 32% da população brasileira é acometida por HAS. Dentre os fatores de risco para tal condição estão a idade, o etilismo, o tabagismo, a condição socioeconômica, o sedentarismo e entre outros. É sabido que quanto melhor a adesão ao tratamento dessa linha de cuidado, menores são os riscos dos usuários desenvolverem doenças cardiovasculares e nefropatias, por exemplo. Diante desse panorama, evidencia-se que o enfermeiro de família e comunidade tem um papel fundamental na assistência aos clientes com hipertensão no que tange à adesão ao tratamento, à educação em saúde, à transcrição de medicamentos e à realização de consulta de enfermagem. O objetivo deste trabalho científico é identificar a importância do enfermeiro de família e comunidade no manejo da HAS na atenção primária à saúde (APS) e as estratégias utilizadas por esses profissionais para tal. Este estudo trata-se de uma pesquisa do tipo revisão integrativa, realizada a partir da base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Após análises, obtivemos um total de 6 artigos científicos. Diante da problemática exposta, foi possível analisar que nos artigos pesquisados, o fator de risco mais predominante que influencia na hipertensão arterial é a não adesão ao tratamento farmacológico, uma vez que muitos usuários não compreendem as informações transmitidas pelos profissionais de saúde. Dessa maneira, fica evidente a necessidade dos enfermeiros utilizarem uma linguagem mais clara e objetiva, como uma das estratégias no manejo dos usuários durante a consulta de enfermagem, evidenciando, assim, um vocabulário compatível ao nível de conhecimento da população em questão. Além disso, foi observado que o enfermeiro precisa estar capacitado para atender as demandas apresentadas pelos pacientes, utilizando a educação continuada e permanente, além da educação em saúde com o intuito de orientar e transmitir informações a respeito dessa doença, tanto a outros profissionais quanto à clientela da região adscrita. O enfermeiro de família utiliza-se de muitas atribuições para que seja prestada uma assistência de qualidade aos pacientes que tratam a “pressão alta”, não negligenciando os princípios do Sistema Único de Saúde e os atributos da APS.