INTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica desencadeada pela bactéria espiroqueta Treponema Pallidum, e sua transmissão ocorre principalmente por via sexual de forma adquirida ou vertical. No que diz respeito à sífilis gestacional, existe alto risco de transmissão vertical quando não tratada, sendo o pré-natal o momento adequado para a identificação dos fatores de risco gestacionais e da triagem sorológica. Durante o pré-natal é realizado o exame Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) que é solicitado nos três trimestres gestacionais para garantir o diagnóstico e tratamento em tempo hábil. Diante disso, a vigilância epidemiológica objetiva controlar a transmissão vertical a partir de condutas de barreiras para evitar intercorrências materno-fetais. OBJETIVO: Descrever as estratégias utilizadas durante a assistência pré-natal no que diz respeito ao controle da transmissão vertical de sífilis congênita. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura efetuada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), mediante a busca pelos descritores "(Cuidado Pré-Natal) AND (Sífilis Congênita) AND (Cuidados de Enfermagem) nas Bases de Dados de Enfermagem (BDENF). Foram selecionados 23 artigos, dos quais, após leitura na íntegra, apenas três atenderam a temática estudada. RESULTADOS: O manejo das gestantes portadoras da sífilis é pautado na assistência centrada na utilização de barreiras que possibilitem o controle da transmissão para evitar desfechos perinatais negativos. Diante disso, é necessário que o enfermeiro durante o pré-natal realize: Solicitação de triagem sorológica nos três semestres gestacionais, encaminhamento para o pré natal de alto risco em caso de VDRL positivo, realize captação dos parceiros que não aderem ao tratamento e orientar sobre a doença a gestante e ao parceiro bem como conscientizá-los para condições seguras que reduzem os risco de transmissão vertical. Além disso, é necessário abordar a importância da realização dos exames e a continuidade das consultas. CONCLUSÃO: É imprescindível que a enfermagem realize o manejo adequado das gestantes portadoras da sífilis. Dentre as estratégias é necessário que seja frisado a importância da triagem sorológica e, em caso de soropositividade, esclarecer e incentivar a gestante e companheiro a realizarem o tratamento. Assim, será possível auxiliar na prevenção da transmissão vertical, e promover um cuidado amplo e seguro para a saúde da família.