A enfermagem é a linha de frente da área da saúde, que presta a primeira assistência para os indivíduos. Dentro dos centros urgência e emergência, nota-se que os diversos tipos de violências são recorrentes para a equipe, que além dos cuidados iniciais de manutenção da vida, deve ser feita a coleta de vestígios. A grande lacuna está quando a equipe de enfermagem não tem um enfermeiro forense, especialização regularizada pela RESOLUÇÃO COFEN Nº 700/2022, ou até mesmo protocolos adequados. O objetivo do trabalho foi identificar a importância e as produções de estudo acerca da enfermagem forense nas unidades de urgência e emergência e qual o conhecimento que a equipe tem sobre da preservação de vestígios forenses. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, seguindo as etapas de formulação da pergunta norteadora, estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão de estudos/amostragem, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa e síntese do conhecimento. A pergunta norteadora foi: “Quais tipos de produções cientificas que estão sendo elaboradas sobre enfermagem forense na área de urgência e emergência?”. Os descritores utilizados foram Enfermagem em Emergência, Enfermagem Forense e Enfermagem, definidos a partir dos Descritores em Ciência da Saúde (MeSH/DeCS). Foram incluídos artigos publicados entre 2013 e 2023 que continham esses descritores no título, resumo ou texto. Artigos repetidos nas bases de dados, publicações apenas com resumo, revisões da literatura, reflexões e resenhas ou aqueles que após a leitura do texto não apresentasse sobre enfermagem forense e/ou urgência e emergência foram excluídos. A pesquisa foi realizada nas bases de dados LILACS, PubMed e BDENF, resultando em 6, 56 e 12 artigos encontrados, respectivamente. Doze artigos foram selecionados para o estudo. Na análise dos artigos, foi observado que cinco afirmaram existir uma lacuna quanto a preservação dos vestígios nas unidades de urgência e emergência; quatro trataram da importância da enfermagem forense no âmbito da urgência e emergência, dois trouxeram a criação de protocolos para preservação de vestígios nos centros de urgência e emergência, um relatou quais os casos forenses que mais chegam nestes locais e um trouxe a problemática da grade curricular. Conclui-se, portanto, que a enfermagem forense no centro de urgência e emergência ainda não está sendo tão explorado quanto deveria.