A esquistossomose é uma doença causada por parasitos trematódeos do gênero Schistosoma. A morbidade durante a esquistossomose humana resulta da resposta inflamatória granulomatosa em torno dos ovos do parasito Schistosoma mansoni depositados nos tecidos do hospedeiro humano, principalmente no epitélio do intestino delgado e no fígado. Foi constatado que a presença de uma infecção por Schistosoma mansoni durante a gravidez pode causar alterações na resposta imunológica das mães infectadas, assim como no desenvolvimento do sistema imune da prole. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica a fim de compreender os efeitos da infecção por Schistosoma mansoni durante a gravidez na imunidade da gestante infectada. Após uma revisão integrativa foi formulada a pergunta norteadora: “Como se desenvolve a resposta imune de mulheres grávidas infectadas por Schistosoma mansoni?”. Durante a pesquisa, foram excluídos os artigos que não se relacionavam com a pergunta norteadora e os escritos a mais de 5 anos. A base de dados utilizada foi MEDLINE, SCIELO e PUBMED no qual foram encontrados 3, 2 e 4 artigos respectivamente que foram submetidos posteriormente a critérios de inclusão e exclusão, resultando em 7 artigos. Foi constatado, portanto, que na infecção pelo parasito Schistosoma mansoni há a liberação de citocinas T helper Th1, que está relacionada à progressão da inflamação, e Th2, que possui um caráter protetor. Durante a gestação, é fundamental que haja um equilíbrio entre as funções de Th1 e Th2 para garantir a evolução da gravidez sem prejuízos para o feto. Além disso, foi observado que a infecção parasitária durante a gravidez poderia causar prejuízos à imunidade induzida por vacinas, tornando a prole suscetível a outros tipos de infecções.