Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
PROMOÇÃO DA SAÚDE DE CRIANÇAS COM ENFOQUE NA NÃO VIOLÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Sabrina Freitas Nunes
Autores:
- Mikaelle Ysis da Silva
- Mônica Oliveira Batista Oriá
- Ana Izabel Oliveira Nicolau
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A violência infantil interliga fatores sociais, culturais e econômicos, com incidência no contexto familiar e coletivo, comprometendo a qualidade de vida e o desenvolvimento físico, emocional e intelectual da criança com consequências devastadoras e permanentes. OBJETIVO: Relatar a experiência de uma ação educativa para crianças de uma escola da rede pública com enfoque na não violência. MÉTODO: Relato de experiência, com ação educativa realizada em um município no interior do Ceará, com 18 alunos de 11 anos de uma escola pública. Sucedeu no período da tarde, com duração de 2 horas mediante cinco etapas: 1° explanação da ação e dinâmica de interação; 2° discussão com temas geradores “O que vocês entendem sobre violência?” “Criança sofre violência?” “Para vocês, existe mais de um tipo de violência?” e posterior explicação das principais violências contra crianças; 3° construção de um painel para associar o tipo de violência a seu significado; 4° discussão de estratégias para não violência; 5° feedback por meio de palavras escritas em um painel com resposta a indagação “O que uma criança precisa?” e perguntas gerais sobre o tema. RESULTADOS: Os temas geradores mediaram a ação e os alunos apresentavam conhecimento prévio do tema, sendo ressignificado com as discussões. Sobre a violência, as crianças compreendem como “tratar mal as pessoas, algo ruim e que machuca” e apontam as violências física, psicológica e sexual contra as crianças. Após instigação sobre o que seria cada uma, trazem o bullying na escola e os “castigos” no ambiente familiar, limitado aos aspectos físicos. A sexual é entendida como “pegar nas partes íntimas da criança e pedir para ela guardar segredo”. Após explicação sobre os tipos de violência, surgem discursos sobre a negligência em cuidados básicos com a criança, culminando no abandono parental e tutoria pelos avós; a figura do bullying e violência intrafamiliar na saúde psicológica, permitindo depoimentos sobre ansiedade, insegurança, automutilação e tendência ao suicídio. Ao final, discutiu-se estratégias da não violência a partir do conhecimento sobre o tema, estímulo à cultura da paz, importância da denúncia, e a escola como local de suporte. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A ação mostrou-se exitosa para promoção da saúde pelas discussões relevantes no mês de combate ao abuso e exploração sexual infantil, com participação ativa de alunos que estudam, residem e convivem em um bairro com histórico de violência e criminalidade.