Introdução: a segurança do paciente durante a assistência à saúde tem sido tema de discussão nas últimas décadas. Em 2004 a Organização Mundial de Saúde lançou a Aliança Mundial para Segurança do Paciente e com a Joint Comission, estabeleceram as Metas Internacionais para Segurança do Paciente, com o objetivo de promover melhorias quanto ao cuidado prestado ao paciente no âmbito hospitalar, visando a redução de riscos e eventos adversos. No Brasil, o Ministério da Saúde estabeleceu a Portaria nº 529/2013, instituindo o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), que possui como objetivo geral contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os serviços. A maioria dos eventos adversos poderiam ser evitados se os profissionais da enfermagem recorressem às metas internacionais de segurança do paciente com mais empenho para redução de riscos. Objetivo: avaliar o conhecimento das equipes de enfermagem atuantes nas unidades de UTI e estabilização adulto, quanto às metas internacionais de segurança do paciente. Método: trata-se de um estudo de campo transversal, com abordagem quantitativa descritiva. Realizado com a equipe de enfermagem de um hospital público de médio porte localizado no município de São Paulo, trata-se de uma instituição pública que oferece assistência a urgências e emergências clínicas, obstétricas e cirúrgicas. Resultados: o estudo foi realizado com 62 profissionais da equipe de enfermagem, sendo 32 enfermeiros e 30 técnicos de enfermagem dos setores de estabilização e UTI. A amostra total caracterizou-se por 67,8% sexo feminino, com idade média de 37,9 anos e 48,4% apresentavam tempo de experiência na enfermagem maior de 11 anos. A taxa de acertos das questões relacionadas as metas internacionais de segurança do paciente foram de 38,3% para técnicos de enfermagem e 59,6% para enfermeiros. As metas de segurança do paciente em que notou-se maior déficit de conhecimento dos profissionais foi em relação a cirurgia segura, onde a taxa de acertos para técnicos de enfermagem foi de 13,3% e enfermeiros 34,4%, e a meta de higienização das mãos, a taxa de acertos de técnicos de enfermagem foi de 20% e enfermeiros 31,3%. Conclusão: o contexto de trabalho das equipes de enfermagem, principalmente nas unidades de urgência e emergência, podem contribuir para a incidência de eventos adversos, deste modo faz-se necessário o investimento na qualificação da equipe de enfermagem visando à promoção da segurança do paciente.