Introdução: O centro cirúrgico apresenta grande impacto entre os setores hospitalares pois oferece procedimentos complexos e vitais para salvar vidas e melhorar a saúde dos pacientes. No entanto um dos desafios enfrentados pelo setor é o alto índice de cirurgias suspensas que podem acarretar consequências adversas para os pacientes, além de implicar em custos operacionais significativos para a instituição. Nesse contexto, o desenvolvimento de uma ferramenta de monitoramento apresenta-se como uma solução promissora para detectar e mitigar as causas dessas suspensões. Objetivo: Identificar as causas de cancelamento de cirurgias em um hospital de alta complexidade, viabilizando soluções para o futuro. Método: Trata-se de um relato de experiência descritivo desenvolvido a partir das atividades práticas da Residência Uniprofissional Enfermagem em Centro Cirúrgico e Central de Material e Esterilização, realizado em um hospital com capacidade de 600 leitos, no estado de Rondônia, no mês de junho de 2023 por intermédio de ferramenta piloto para monitora a relação entre cirurgias agendadas x realizadas e/ou suspensa, elencando as causas dos cancelamentos. Resultados e discussão: Após coleta e análise dos dados, entre os motivos de suspensão identificados foram respectivamente: Ausência de leito em Unidade de Terapia Intensiva (34%), Pico hipertensivo (17%), mudança de conduta terapêutica (8%), sem risco cirúrgico (8%), tempo de jejum inadequado (8%), entre outros fatores (25%). Nota-se que um parcela significativa está atrelada a inexistência ou insuficiente da visita pré-operatória, que poderia minimizar as suspensões relacionadas aos estado geral do paciente, instruções sobre preparo cirúrgico/jejum, a confirmação dos exames necessários e orientações quanto ao procedimento a fim de diminuir a ansiedade e consequentemente suas alterações fisiológicas. Considerações finais: Diante desse cenário, pode-se compreender as vantagens do monitoramento para identificar e subsidiar as falhas no período perioperatório permitindo assim a viabilização de medidas preventivas que impulsionem a evolução na saúde e garantam um atendimento mais seguro e eficaz para os pacientes, reduzindo danos tanto ao paciente quanto a instituição.