Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
ANÁLISE DO PERFIL SOCIOECONÔMICO E DE SAÚDE DA POPULAÇÃO QUILOMBOLA BRASILEIRA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
Taynara Soriano Sales
Autores:
- Lara Beatriz de Sousa Araújo
- Maria Clara Nascimento Oliveira
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: As comunidades quilombolas brasileiras estão presentes historicamente na memória do país. No entanto, é evidente que em diferentes situações essa população ainda é invisibilizada e enfrenta obstáculos no acesso de seus direitos, com destaque à saúde, em que há necessidade de entender sobre os variados determinantes sociais e econômicos que incidem sobre o mesmo. OBJETIVO: Analisar o cenário de saúde da população quilombola e a sua relação com as características socioeconômicas por meio de uma revisão integrativa. METODOLOGIA: De acordo com o acrômio PICo foi formulada a pergunta norteadora: ´´Quais as características socioeconômicas e de saúde das comunidades quilombolas brasileiras?``. As buscas foram realizadas nas bases de dados MEDLINE/Pubmed, Scopus, Web of Science e LILACS, usando os descritores ´´Quilombola Communities``, ´´Health``, ´´Socioeconomic Factors``, ´´Brazil``, com os operadores booleanos ´´AND`` e ´´OR``. Os seguintes critérios foram utilizados para a escolha dos estudos a serem incluídos: estudos que respondiam à questão de pesquisa, sem restrição de idiomas e publicados nos últimos 10 anos. Foram excluídos os estudos que não abordassem sobre a temática, duplicados, editoriais, cartas ao editor, opiniões, teses, livros, relatos de experiências, monografias e dissertações, resumos expandidos e em anais de eventos científicos e livros. 349 artigos resultaram das buscas iniciais, destes, 9 foram selecionados e incluídos na revisão. RESULTADOS: Com base nos artigos, as comunidades quilombolas apresentaram baixos índices de escolaridade e a avaliação da situação de saúde mental deve levar em conta que esses territórios são atravessados pela pobreza e desigualdade social, estando em situação de permanente vulnerabilidade e abandono. A escassez de alternativas de recreação e lazer na comunidade reforça o uso do álcool entre os indivíduos. É bastante expressiva a concentração de baixa escolaridade, insegurança alimentar, dificuldade de acesso aos serviços de saúde, presença de doenças crônicas, autopercepção de saúde negativa, bem como infraestrutura sanitária e social inadequada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As características socioeconômicas e de saúde prevalentes nos estudos orientam para a intensificação de ofertas de políticas públicas, com base nas necessidades evidentes. É imprescindível elencar que é papel do Estado brasileiro garantir a sua população, e às comunidades quilombolas, os direitos básicos e a atenção à saúde.