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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA NO ESTADO DO PIAUÍ
Relatoria:
Andressa de Macêdo Fernandes
Autores:
  • Jefferson Alves Maranhão Feitosa
  • Káthlen Pindaíba Paes Landim Lima
  • Héryka Laura Calú Alves
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A violência abrange atos intencionais de força física ou poder, podendo prejudicar física, psicológica ou socialmente a si mesmo, a outros indivíduos, grupos ou comunidades. A violência autoprovocada é direcionada intencionalmente pelo próprio indivíduo contra si mesmo, incluindo comportamentos suicidas e autoagressão. Durante a infância e adolescência, marcadas por mudanças psicológicas, físicas e sociais, podem surgir condutas autodestrutivas e comportamentos de risco. A violência tem impactos diretos na saúde ao longo da vida, causando problemas sociais, emocionais e cognitivos, refletindo em dificuldades escolares, autoimagem negativa e alterações nos padrões de sono e alimentação. Identificar os tipos e manifestações de violência, considerando fatores de risco e vulnerabilidades por idade e contexto sociodemográfico, é fundamental para orientar ações de planejamento e desenvolver estratégias preventivas na atenção integral à saúde de crianças e adolescentes. OBJETIVO: Analisar o perfil de crianças e adolescentes vítimas de violência autoprovocada no território do Estado do Piauí. MÉTODO: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo e exploratório, realizado por levantamento de dados secundários registrados pelo banco de dados do Sistema de Informações de Agravos e Notificações (SINAN), no período de 2009 a 2022, envolvendo a faixa etária de 0 a 19 anos, com abrangência geográfica para o Estado do Piauí. RESULTADOS: Notificaram-se 3215 casos de violência autoprovocadas em crianças e adolescentes. Verifica-se prevalência de vítimas adolescentes com idades de 15 a 19 anos (71,53%), do sexo feminino (77,13%), autodeclaradas pardas (55,68%), com ensino médio incompleto (17,58%). Revela-se que o meio de agressão mais comum foi o envenenamento (69,78%), praticado na residência (78,13%). Dentre as condutas assistenciais à saúde das vítimas aplicam-se apenas dois componentes: encaminhamento ambulatorial (3,4%) e internação hospitalar (4%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: No estado do Piauí, a violência autoprovocada entre crianças e adolescentes apresentou um crescimento alarmante. É urgente adotar ações preventivas e intervenções eficazes, fortalecendo os serviços de saúde mental com acesso facilitado. A cooperação entre familiares, professores, profissionais de saúde e assistência social é indispensável. Tratar a violência autoprovocada como questão de saúde pública é crucial.