INTRODUÇÃO: Os pacientes com diagnóstico de Insuficiência Cardíaca podem ser beneficiados ao serem acompanhados por equipe multiprofissional de reabilitação cardíaca que visam atender às demandas dos cardiopatas, promover melhor qualidade de vida, capacidade funcional, reduzir a hospitalização e estimular a manter hábitos saudáveis (MESQUITA, et al. 2017; SHARMA, et al. 2014). OBJETIVO: Relatar a experiência da implementação do trabalho educativo multiprofissional em um ambulatório cardiológico. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, elaborado a partir da vivência de enfermeiras residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Cardiovascular de um hospital cardiológico de São Paulo. Os residentes do programa (enfermagem, nutrição, psicologia, farmácia, serviço social, odontologia, fisioterapia) rodiziaram neste campo e realizaram o diagnóstico situacional para ações educativas. As etapas percorridas para esta implementação foram de identificar o perfil epidemiológico do setor; verificar o conhecimento, demandas e dúvidas dos pacientes sobre a doença, clínica e terapêutica; estabelecer um fluxo de assistência multiprofissional; elaborar um material educativo como legado para a realização das ações educativas e avaliação da experiência. RESULTADOS: A população atendida durante a ação educativa foi predominantemente sexo feminino 61,6%, idade média 71,9±8.74. hipertensos (90%) e diabéticos (60%), obesos (60%), dislipidêmicos (50%) e com doença renal crônica (40%) e ex-tabagistas (30%). Foi construído um fluxo de atendimento no ambulatório que pudesse comportar a ação da equipe multiprofissional e estruturado um guia de saúde cardiovascular, como legado dos residentes. As ações educativas prevalentes foram relacionadas ao acolhimento, alimentação, adesão ao uso correto de anticoagulantes orais, insulinoterapia, exercícios para melhorar a mobilidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esta experiência vivenciada apontou para a riqueza da experiência de implementar uma ação educativa multiprofissional onde não havia uma estrutura de trabalho incluindo áreas profissionais. Ela proporcionou ainda reconhecer como potencialidade a possibilidade de aperfeiçoar a assistência integral aos usuários nos serviços de saúde a partir da construção coletiva do processo de trabalho e como limitação, a necessidade do investimento em comunicação Interprofissional.