Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES HOSPITALIZADOS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Relatoria:
Alexia Louisie Pontes Gonçalves
Autores:
- Sérgio Henrique Simonetti
- Amanda Silva de Macêdo Bezerra
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Conhecer a prevalência dos fatores de risco cardiovascular de pacientes hospitalizados por infarto agudo do miocárdio (IAM) pode subsidiar intervenções multiprofissionais que diminuam a ocorrência de novos eventos coronarianos. Objetivo: Identificar a prevalência de fatores de risco cardiovascular dos pacientes hospitalizados por IAM. Metodologia: Estudo descritivo, transversal, realizado em um hospital-escola de fevereiro a julho de 2023. O histórico pessoal e familiar de IAM e morte súbita, as comorbidades, a prática de atividades físicas e o índice de massa corporal (IMC) foram coletados por meio de um instrumento elaborado pelos autores, baseado na Sociedade Brasileira de Cardiologia. O consumo de álcool foi avaliado pelo Teste de Identificação de Desordens (AUDIT), que possui 10 perguntas cuja pontuação varia de 0 a 40 pontos: baixo risco (0 a 7 pontos); uso de risco (8 a 15 pontos), uso nocivo (16 a 19 pontos); provável dependência (20 a 40 pontos). O nível de dependência de nicotina foi mensurado pelo Teste de Fagerstrom, que, por meio de 6 perguntas, possui uma pontuação de 0 a 10: muito baixa (0 a 2), baixa (3-4), média (5), elevada (6-7) e muito elevada (8-10). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição (Protocolo nº 5.896.347). Resultados: Foram coletados dados de 104 pacientes, com idade média de 62±12,1, 69,2% do sexo masculino, 52,9% brancos, 36,5% pardos, 8,7% pretos e 1,9% amarelos. Sessenta e quatro pacientes (61,5%) estavam hospitalizados pelo 1º IAM e 38,5% por reinfarto ou IAM recorrente. Com relação às comorbidades, 73,1% dos pacientes possuem hipertensão arterial sistêmica (HAS), 61,5% possuem dislipidemia e 42,3% possuem diabetes mellitus. O IMC médio foi de 27,7±5,5, sendo 86,5% dos pacientes sedentários. A prevalência do etilismo e do tabagismo foi de 26,9% e 31,7%, respectivamente, com escore médio do AUDIT de 10±6,6 pontos e de 4,8±2,56 pontos do Fagerstrom. Sessenta pacientes (57,7%) relataram histórico familiar de IAM, 29,8% de morte súbita. Considerações finais: Além da alta prevalência da HAS, dislipidemia, sedentarismo e do uso de risco de bebidas alcoólicas, destaca-se ainda fato de os pacientes estarem com sobrepeso e possuírem histórico familiar de eventos coronarianos. Portanto, torna-se imperativo a realização de intervenções multiprofissionais direcionadas a fim de que esses dados epidemiológicos sejam melhorados.