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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DE RAIVA HUMANA NO BRASIL: UM ESTUDO ECOLÓGICO
Relatoria:
José Lucas Luís da Silva
Autores:
  • Carlos Suel Farias da Silva
  • Marianna Farias Leite
  • Ana Luisa de Melo Xavier
  • Ricardo Cassiano da Silva Nascimento
  • Priscilla Yevellin Barros de Melo Lima
  • Ingrid Azevedo Dias
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A raiva humana é uma antropozoonose, viral, transmissível através da mordida de um animal contaminado. Apesar de não haver uma grande incidência, essa patologia é um grande problema de saúde pública, tendo em vista que a doença tem 100% de letalidade. Nos últimos 13 anos foram registrados 47 casos de raiva humana no Brasil, a prevalência ainda é alta, apesar de ter ocorrido uma redução significativa de 30% dos casos quando comparado aos anos de 1991 e 1992. Atualmente existem terapias profiláticas para pré-exposição ou pós-exposição ao vírus, entretanto quando surgem os sintomas nenhum tratamento de ordem curativa é eficaz para solucionar a encefalomielite aguda. Objetivo: Avaliar o cenário epidemiológico de raiva humana no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico de série temporal, descritivo sobre o cenário de raiva humana no Brasil. Os dados foram coletados no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), de 2010 até maio de 2023. Resultados: Dos 47 casos de raiva humana registrados no Brasil, 46,8% dos óbitos foram agredidos por morcego. Em 2018, todos os casos de raiva humana notificados no país tiveram o morcego como animal agressor. Quanto a localidade, 90,9% desses casos registrados em 2018 ocorreram no município de Melgaço, no Pará, os fatores associados a este surto foi o desmatamento de aproximadamente 48% de mata onde vivem esses quirópteros e a falhas assistenciais, pois os indivíduos expostos não receberam a profilaxia pós-exposição, conforme recomendado. O último caso que teve como animal agressor o cachorro, ocorreu no ano de 2015, e o gato, em 2019. A redução dos casos de óbitos que tiveram animais domésticos como agente agressor demonstra a efetividade da política pública de vacinação desses animais, como também da profilaxia pré e pós exposição. Considerações finais: Apesar da redução siginificava da taxa de mortalidade de raiva dos últimos 31 anos, essa antropozoonose ainda é um problema de saúde pública. Com o aumento de evidências científicas que demonstram ações de saúde pública efetivas e ações assistenciais de prevenção, segue-se na busca por eliminação desta doença.