Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
EDUCAÇÃO PERMANENTE NA ASSISTÊNCIA AS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – REVISÃO DA LITERATURA
Relatoria:
ELISABETE OLIVEIRA COLACO
Autores:
- Roberta Lima Gonçalves
- Luana Gonçalves de Souza
- Ana Cecília de Souza Moraes Clementino
- Matheus Emanuel Valdevino Gomes
- Francisco de Sales Clementino
- Amélia Jamilly Silva das Mercês
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A violência contra a mulher configura-se como qualquer conduta ou ato baseado no gênero, que possa causar morte, sofrimento psicológico, físico ou sexual à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada, independentemente de classe, raça ou grupo étnico, cultura, renda, idade, nível educacional ou religião. Estimativas da violência contra as mulheres indicam que quase um terço das mulheres de 15 a 49 anos, em todo o mundo, estiveram em um relacionamento em que foram expostas a algum tipo de violência por parte de seus parceiros íntimos. Para a prevenção e combate da violência contra a mulher, a Organização Mundial de Saúde apresentou, em 2021, as atribuições que o setor saúde pode executar, como: capacitar e sensibilizar os profissionais de saúde para responder às necessidades das mulheres de forma integral, bem como, notificar os casos nos sistemas de vigilância e informação em saúde. Objetivo: Descrever as evidências científicas sobre a importância da formação profissional e educação permanente para as(os) enfermeiras(os) que atendem a mulher vítima de violência. Metodologia: Revisão da Literatura realizada na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores Violência contra a mulher, Educação e Enfermagem. Definiu-se os seguintes critérios de inclusão: texto completos, disponíveis nos idiomas português, inglês e espanhol, publicados nos últimos cinco anos. Realizou-se a coleta de dados em julho de 2023, em que se identificou 49 artigos científicos. Após leitura dos títulos e resumos, foram excluídos os duplicados e que fugiram do tema, sendo selecionados 26 artigos. Resultados: A maioria dos artigos evidenciou que as(os) enfermeiras(os) apresentam lacunas no processo de formação profissional, como também, escassez de capacitação sobre a temática, o que provoca limitação ou fragilidades nas assistência prestada as mulheres vítimas de violência. Requerem conhecimento mais aprofundado sobre a violência contra a mulher, o que pode possibilitar a prevenção, a promoção, o acolhimento, a notificação e intervenção humanizada. Considerações finais: É indispensável formação de qualidade, a partir da introdução do conteúdo violência contra a mulher nos componentes curriculares, preparando as(os) discentes para o cenário profissional, como também, educação continuada e/ou permanente, que possibilita atualização das(os) enfermeiras(os), podendo auxiliar no processo de enfrentamento da violência, a partir do empoderamento das mulheres.