Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERFIL DA SÍFILIS GESTACIONAL
Relatoria:
Nathalia Maria Dias Coelho
Autores:
- Maria Eduarda Lima do Nascimento
- Cindy Laila de Sousa Alves
- Mayara da Silva Santos
- Káthlen Pindaiba Paes Landim Lima
- Adelzira Rodrigues Cardoso
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema Pallidum. Pode ser transmitida por via sexual, transfusão sanguínea ou da mãe para o feto durante a gestação. A taxa de transmissão vertical nas fases primárias e secundárias é de 70% a 100%, resultando em malformações congênitas, natimorto ou morte perinatal em cerca de 40% dos casos. Estima-se que ocorram cerca de 12 milhões de novos casos de sífilis no mundo a cada ano, sendo 1,5 a 1,85 milhões em gestantes. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de sífilis gestacional notificados no Estado do Maranhão, entre o período de 2017 a 2021. Metodologia: Trata-se de estudo epidemiológico e quantitativo com delineamento descritivo, referente aos casos de sífilis gestacional notificados no Estado do Maranhão no período de 2017 a 2021. As informações foram coletadas no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde - DATASUS. As variáveis investigadas foram: número de casos notificados por ano, faixa etária, escolaridade, raça/cor e classificação clínica. Para a análise dos dados, foi utilizado o programa Microsoft Excel 2019. Como se trata de um estudo que utilizou dados secundários de domínio público, não foi necessário submetê-lo ao Comitê de Ética e Pesquisa. Resultados: Durante o período analisado, foram registrados 6.518 casos de sífilis gestacional no Estado do Maranhão, dos quais 1.892 (29,0%) ocorreram somente em 2018. As maiores taxas foram observadas em mulheres jovens entre 20 e 39 anos, que representaram 71,9% (4.689) do total. Além disso, 77,3% (5.041) das mulheres afetadas eram pardas, e 26,8% (1.750) tinham baixa escolaridade, não completando o ensino fundamental. Em relação aos tipos de sífilis, a maioria dos casos (45,1%; 2.941) foi diagnosticada como sífilis primária, seguida pela sífilis latente (17,4%; 1.136). Conclusão: Os dados apresentados evidenciam a infecção como um grave problema de saúde pública, especialmente entre mulheres jovens, pardas e com baixa escolaridade. Aumento significativo de casos em 2018 exige ações imediatas de prevenção e tratamento. Conscientização, acesso a informações e políticas públicas eficazes são cruciais para reduzir a ocorrência e minimizar impactos negativos na saúde materna e fetal.