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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
A RELEVÂNCIA DA INSERÇÃO DO DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) POR ENFERMEIROS(AS) NO NORDESTE
Relatoria:
Ana Clara Carvalho Regueira Costa
Autores:
  • Eduardo Araujo Pinto
  • Dannyelly Dayane Alves da Silva Costa
  • Rayara de Oliveira Freitas
  • Andreia Araujo da Silva
  • Graycielle Araujo Costa
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O Dispositivo Intra-uterino (DIU) é um método contraceptivo de alta eficácia. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza diversos métodos contraceptivos, entre eles o DIU T de cobre, nos serviços de Atenção Primária à Saúde. De acordo com o Parecer 17/2010 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), o enfermeiro é um profissional capaz e que possui competência legal para inserção e retirada do DIU dentro da Consulta de Enfermagem. Objetivo: Identificar e analisar as consultas e inserção do dispositivo intra-uterino pelos enfermeiros da Região Nordeste, através do banco de dados do SIA-SUS. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo exploratório de natureza quantitativa com dados secundários, realizada em maio de 2023. Para a construção da pesquisa foram utilizadas as bases de dados do governo como SIA-SUS e as bases Scielo e PubMed para a obtenção de artigos que embasem o tema, foram selecionados 5 artigos entre os anos de 2018 e 2023, nas línguas português e inglês. Resultados: De acordo com os dados coletados há uma lacuna sem dados, entre os anos 2009 e 2017, portanto nos anos de 2018 a 2023, percebe-se que os Estados de AL, BA, PB, PE e MA tiveram uma maior prevalência de inserções de DIU por Enfermeiros, com média de 700% de aumento, comparado a 2008, destacando AL como principal contribuinte, se levado em consideração que três desses estados não inseriram em 2008. Porém, os Estados do PI, RN, SE e CE tiveram uma baixa adesão ao método, em média de 26,37% no mesmo intervalo de tempo. Perante estes dados têm-se as pautas que ainda interferem na adesão do DIU por enfermeiros, as longas listas de espera para inserir apenas por profissionais médicos, recusas em nulíparas, a falta de conhecimento do método, a desconfiança no profissional, a desqualificação e insegurança do mesmo, dificultando o acesso ao método citado e a uma saúde sexual e reprodutiva de qualidade por um enfermeiro. Conclusão: O cenário de inserção do DIU é precário, ainda que venha tendo evoluções nos estudos e quantidades de inserções satisfatórias no Nordeste. Alguns estados têm um pequeno atraso na disseminação e concretização do método por enfermeiros, faz-se então necessário a disseminação dessa capacitação em locais mais remotos a informações. Assim, é importante salientar a dificuldade de inserção pelo enfermeiro neste cenário e as posteriores consequências advindas na manutenção e continuidade do serviço e, portanto, um aconselhamento ineficaz no âmbito reprodutivo.