O Programa de extensão “Cuidando de quem Cuida: desenvolvendo práticas integrativas nas Ocas Coités” surgiu a partir do Núcleo Interprofissional de Saúde e Bem-Estar (NISE) vinculado ao Centro de Educação e Saúde da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que organiza e desenvolve programas e projetos relativos ao ensino, à pesquisa e à extensão nas áreas de saúde mental e bem-estar e Práticas Integrativas e Complementares (PICS). O programa destina-se desenvolver ações voltadas para o conhecimento e oferta de Práticas Integrativas e Complementares como proposta de cuidado, envolvendo os trabalhadores de saúde do município de Cuité- PB, bem como discentes e servidores da UFCG. Este estudo tem como objetivo relatar a experiência das ações de extensão desenvolvidas no programa. Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa sobre a experiência das ações de extensão realizadas em junho e julho de 2023. Os participantes são: docentes e estudantes do Curso de Enfermagem e Farmácia, além da psicóloga do campus. Foram realizadas reuniões de planejamento, oficinas sobre PICS com os extensionistas e encontros com os profissionais de saúde. As PICS foram: Terapia Comunitária Integrativa, Danças Circulares, Contoterapia, aromaterapia e meditação. As ações vêm sendo realizadas nas Ocas de Coités, espaço localizado dentro do campus universitário e construído na perspectiva ecológica, sustentável e de resgate cultural, feitas de materiais recicláveis e de taipa, com o objetivo de ser um local para a oferta de PICS para a comunidade acadêmica e para a sociedade em geral. Proporcionar as PICS por meio do Programa de Extensão, vem contribuindo para a integração da comunidade com a universidade, proporcionando momentos de partilha, cuidado, criação de vínculos e de afetos, resgate da autoestima e competências em um processo de cuidar de si, do outro e da comunidade. Esse programa traz em sua essência uma proposta de cuidado ampliada, interprofissional, que perpassa diversos saberes e permite a construção de novas competências e aprendizados. Esse pluralismo terapêutico permite a construção de uma enfermagem inovadora, que ultrapassa o reducionismo biomédico, e possibilita um cuidado pautado em um compromisso ético e integral. Além disso, proporciona um olhar sobre uma prática, frequentemente acessível e de baixo custo, que pode ser uma possibilidade viável e eficaz para complementar os serviços convencionais na rede de cuidados.