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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
Fatores de risco e prevalência de ISTs em comunidades Quilombolas Brasileiras: uma revisão integrativa
Relatoria:
Amanda Mendes Silveira
Autores:
  • Dalila Sousa Santos
  • Lílian Natália Ferreira de Lima
  • Dênnis Gonçalves Novais
  • Ângela Lô Marinho Nascimento
  • Evilly Amanda Mota Almeida
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são infeções contagiosas ocasionadas por microrganismos e transmitidas, sobretudo, por contato sexual direto ou indiretamente e eventualmente por via sanguínea. Nesse contexto, estão inseridas as Comunidades Quilombolas do Brasil que se encontram em situação de vulnerabilidade e este fator pode interferir no acesso à educação em saúde, levando a uma maior prevalência de ISTs. Avaliar a prevalência e os fatores de risco de ISTs em comunidades quilombolas brasileiros é indispensável para identificar um possível problema, caso haja, e avaliar soluções para este. Objetivo: Identificar fatores de risco e prevalência das principais ISTs em comunidades Remanescentes de Quilombo do Brasil. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão integrativa, no qual utilizou-se as bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed, aplicando os operadores booleanos AND e OR e os seguintes Descritores Ciências da Saúde (Decs): afro-descendentes, prevalence, sexually, transmitted infections, causes, risk factors. Realizou-se um recorte temporal entre os anos de 2017 a 2023, com artigos em qualquer língua, disponíveis na íntegra, excluindo-se teses, monografias, dissertações, pesquisas in vivo e in vitro. Resultados: Obteve-se como resultado um total de 42.001 artigos relacionados à ISTs em geral, porém, somente 8 relacionados especificamente às ISTs em Comunidades Quilombolas do Brasil. As ISTs mais presentes nessa população foram: hepatite B, sífilis e gonorreia. Sendo assim, chegou-se à conclusão de que, baixo nível de escolaridade, a escassez de informações e orientações sobre prevenção e transmissão de ISTs, sexo sem o uso de preservativos e múltiplos parceiros sexuais foram as principais formas de transmissão encontradas. Além disso, quando se trata de fatores de riscos nessas comunidades, é perceptível que o difícil acesso às unidades básicas de saúde, fatores socioeconômicos e barreiras culturais agravam consideravelmente a prevalência dessas infecções em Comunidades Remanescentes de Quilombo. Considerações Finais: Conclui-se, portanto, que a escassez de produções científicas voltadas para esse grupo e a falta de visibilidade sobre a problemática dificulta a chegada de subsídios para a implementação de políticas públicas voltadas às Comunidades Quilombolas, o que por sua vez, agrava ainda mais os índices de ISTs nessa população e o tratamento para essas infecções torna-se pouco acessível.