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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
CUIDADO EM SAÚDE NA HANSENÍASE: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE PORTO ALEGRE
Relatoria:
Alexandra Santos Moura
Autores:
  • Barbara Letícia Dudel Mayer
  • Arthur Bethoven Cougo Garcia
  • Thabata Larissa Agostini dos Santos
  • Simone Sá Britto Garcia
  • Fabiane Soares de Souza
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, dermatoneurológica causada pelo Mycobacterium leprae. É transmitida pelas vias respiratórias após o contato próximo e prolongado com uma pessoa infectada. Ela é estigmatizada, principalmente, no Brasil que é o segundo país em números de casos no mundo. O diagnóstico é clínico e epidemiológico, o tratamento é em nível ambulatorial, visa atenção integral ao paciente e família. O presente trabalho apresenta o relato da experiência a partir da vivência de acadêmicos de enfermagem ao realizar estágio na Diretoria de Vigilância em Saúde na Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis Crônicas. Objetivo: Relatar a experiência de estágio acadêmico a fim de evidenciar o desenvolvimento de ações de saúde no âmbito da hanseníase e implicações ao paciente. Método: Trata-se de relato de experiência em uma Equipe de Vigilância em Saúde do município de Porto Alegre/RS, na área de hanseníase, em junho e julho de 2023. O estágio compreende atividade extracurricular, vinculada ao Centro de Integração Empresa- Escola junto ao curso de graduação em enfermagem de uma Universidade Privada. Resultados: Dentre as atividades desenvolvidas estão: visitas em hospitais para a busca de notificações de casos; inserção de dados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação; envio de comunicados para Unidades Básicas de Saúde, Hospitais e Coordenadorias; participação em atividades de capacitação. É importante ressaltar o impacto social evidenciado pelos acadêmicos no acompanhamento de atendimentos de saúde. Para ilustrar, houve a vivência de um familiar que, ao saber do diagnóstico afirmou que a doença era “lepra” e teceu comentários que remetiam ao estigma da doença. Em outro, paciente jovem, em fase final do tratamento, ainda estava na fase de negação do diagnóstico, mesmo fazendo parte de um grupo familiar que também realizou o tratamento e recebeu alta por cura. As implicações sociais compreendem uma questão complexa e profundamente enraizada na história da humanidade. Os mitos e crenças equivocadas são razões para persistência do preconceito. Conclusão: Vivências na formação acadêmica permitem a construção de conhecimento que complementam o conteúdo teórico. É possível construir reflexões sobre os processos de cuidado da enfermagem e o aprimoramento das ações em saúde voltada ao paciente acometido hanseníase e aos aspectos relacionados ao estigma.