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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
UTILIZAÇÃO DE APLICATIVOS MÓVEIS QUE AUXILIAM MULHERES NA CONTRACEPÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
JULIANA EMILY DE LIMA SILVA
Autores:
  • SHEILA MILENA PESSOA DOS SANTOS
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Nos últimos anos houve um acelerado crescimento no desenvolvimento e uso de aplicativos digitais, particularmente aqueles voltados para a saúde da mulher e para o acompanhamento do ciclo menstrual. Esses aplicativos permitem que as usuárias acompanhem o seu ciclo menstrual, bem como as mudanças observadas e a determinação do período de fertilidade, atuando neste último como método contraceptivo. Apesar de todo aparato tecnológico e inovador usado por esses dispositivos, ainda são escassas as informações com base científica. Objetivo: Analisar na literatura científica a utilização de aplicativos móveis que auxiliam na contracepção por mulheres em idade reprodutiva. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada na Biblioteca Virtual em Saúde, MEDLINE e Cochrane. Para construção da questão de pesquisa utilizou-se a estratégia PICo (Population, Interest and Context). Assim, a questão delimitada foi: “Como ocorre a utilização de aplicativos móveis para auxílio na contracepção feminina?”. Utilizou-se os descritores: “aplicativos móveis; contracepção feminina; tecnologia”, e o operador booleano “AND”. Os critérios de inclusão adotados foram: artigos originais publicados nos últimos 5 anos, em qualquer idioma e disponíveis na íntegra. Foram encontrados 249 artigos e apenas 9 cumpriram os critérios e compuseram a amostra final. Resultados: Estudos americanos apontam que o uso de aplicativos de rastreamento de fertilidade é comum. No Brasil, um estudo aponta que 71,2% das participantes usavam um aplicativo de monitoramento do ciclo menstrual, para rastreio do ciclo menstrual (94,3%), e para contracepção (49,5%), configurando-se como um método confiável para a maioria. Apesar de se apresentar como uma prática promissora, observa-se baixa eficácia e taxa de falha significativa (50%), especialmente se usado isoladamente. Considerações finais: Para as mulheres que fazem uso dos aplicativos, estudos aconselham que também utilize um método contraceptivo confiável, pois em muitos casos o dia da ovulação não se apresenta de maneira precisa, mesmo que a verdadeira duração do ciclo seja conhecida. O manejo inadequado do aplicativo contribui para o maior fator de risco na eficiência desses dispositivos. Faz-se necessário mais estudos baseados em evidências científicas, bem como maior colaboração entre desenvolvedores de aplicativos e especialistas em saúde da mulher para que atendam às necessidades individuais, e minimizem ao máximo o risco de falha.