A pandemia do Covid-19, trouxe muitos desafios para os professores dos cursos de graduação em saúde, em relação ao processo ensino-aprendizagem. No início da pandemia, o MEC, autorizou a substituição das aulas presenciais pelo ensino remoto, síncrono ou assíncrono, da educação básica até o ensino superior. O formato de ensino à distância agravou o déficit educacional no Brasil. No ensino superior, apesar de adotarem diferentes métodos de ensino, infraestruturas e tecnologias, a aprendizagem não ocorreu de forma homogênea. O processo de aprendizagem foi consideravelmente afetado neste período, em virtude da desigualdade de acesso à internet e ao isolamento social. Este trabalho tem como objetivo relatar o processo ensino-aprendizagem de graduandos dos cursos de enfermagem e medicina pós pandemia, sob a percepção dos professores. Trata-se uma pesquisa descritiva observacional sobre a aprendizagem, conhecimento e comportamento emocional de graduandos de enfermagem e medicina pós pandemia. Durante a pandemia muitos desafios foram vivenciados tanto pelos professores quanto pelos alunos, desde acesso ao nível de qualidade que costumavam ter no modelo presencial, dificuldades para fortalecer laços à distância, afetando o desenvolvimento socioemocional e cognitivo. Após esse período, os professores observaram um aumento na ansiedade, insônia, depressão, déficit educacional, falta de proatividade, cansaço constante, perceberam ainda, que as dificuldades de interação causadas pelo distanciamento social ou até por perdas de pessoas próximas, são fatores preocupantes que afetam a saúde mental dos discentes de ambos os cursos. Diante desse cenário, considera-se que apesar dos recursos tecnológicos utilizados no ensino remoto terem sido de certa forma eficazes, as aulas presenciais, ou seja, a interação entre alunos e professores se faz cada vez mais necessária na promoção da aprendizagem e preservação da saúde mental tanto dos educadores quanto dos alunos.