O dimensionamento de pessoal de enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) é uma questão importante para garantir a qualidade e segurança da assistência aos pacientes. A Resolução nº 543/2017 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), que dispõe sobre o dimensionamento de pessoal de enfermagem em UTIs, estabelece que o cálculo do número de profissionais deve considerar a complexidade assistencial, a gravidade dos pacientes e a disponibilidade de tecnologia. Para tanto, é necessário avaliar os seguintes aspectos: número de leitos, nível de assistência, perfil dos pacientes, carga horária e jornada de trabalho. No planejamento, uma das principais considerações para estimar a quantidade de profissionais de enfermagem necessários é avaliar a carga de trabalho da equipe. Nas UTIs, o Nursing Activities Score (NAS), ferramenta para avaliar as necessidades de cuidados de enfermagem dos pacientes, é amplamente empregada como o método mais comum para mensurar essa carga de trabalho da equipe de enfermagem. OBJETIVO: Descrever o dimensionamento da equipe de enfermagem na reestruturação da unidade de terapia intensiva. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, que descreve a vivência de residentes de enfermagem no dimensionamento de enfermagem na UTI de um hospital universitário. RESULTADOS: Durante a permanência na coordenação da UTI, houve a reestruturação do setor com a divisão de ilhas. À instituição tem atualmente 60 leitos de UTI’s adulto, dispostas em três unidades. Um projeto piloto foi instaurado para uma UTI com 25 leitos distribuídos em 5 ilhas. A divisão para cada ilha se manteve, 1 enfermeiro e 3 técnicos de enfermagem, porém em alguns dias no período diurno quanto noturno mantem apenas 4 enfermeiros, dando a oportunidade de marcação de horas extras, assim como os técnicos de enfermagem. Neste sentido a unidade manteve seu dimensionamento além do estabelecido pela resolução COFEN. CONCLUSÃO: É importante ressaltar que o dimensionamento de enfermagem em UTIs é uma questão complexa e que exige um planejamento cuidadoso, levando em consideração as especificidades de cada unidade. Além disso, é fundamental que os profissionais de enfermagem sejam valorizados e que haja investimento em capacitação e formação contínua, a fim de garantir uma assistência segura e de qualidade aos pacientes críticos.