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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
ADEQUABILIDADE DE CONSULTAS PRÉ-NATAL CONFORME CONDIÇÕES SOCIODEMOGRÁFICAS MATERNAS NO BRASIL
Relatoria:
Victórya Suéllen Maciel Abreu
Autores:
  • Luisa Gomes Viana
  • Bruna Barroso de Freitas
  • Caroline Bessa da Silva
  • Ivyna Pires Gadelha
  • Uly Reis Ferreira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: De acordo com os indicadores atuais do Ministério da Saúde, a realização de 6 ou mais consultas de pré-natal consiste no mínimo recomendado para garantir o acesso pré-natal e reduzir a mortalidade materna e neonatal. Objetivo: Analisar a adequabilidade de realização de consultas pré-natal conforme condições sociodemográficas maternas. Método: Estudo epidemiológico descritivo utilizando dados secundários da Pesquisa Nacional de Saúde (2013-2019), inquérito domiciliar de abrangência nacional realizado pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A população do indicador engloba mulheres que tiveram 6 ou mais consultas de pré-natal e ele é calculado mediante a multiplicação por 100 do número dessas mulheres, que, em seguida, é dividido pelo total de mulheres dessas faixas etárias que realizaram pré-natal. Os dados foram analisados por meio de gráficos de barras, conforme região brasileira, idade, escolaridade, raça, situação urbano/rural e renda per capita. O presente estudo dispensa aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa por utilizar dados de domínio público. Resultados: Em 2013, a proporção nacional de mulheres que realizaram 6 ou mais consultas de pré-natal foi de 83,7% e aumentou para 89,4% em 2019. A região Sudeste teve as maiores proporções (90,3%; 91,8%), enquanto as regiões Norte (71,1%; 81,9%) e Nordeste (79,3%-89,4%) apresentaram as menores. Quanto à idade, em 2013 a menor proporção esteve concentrada nas mulheres de 40 anos ou mais, enquanto em 2019, nas de 18 a 24 anos; já as maiores proporções mantiveram-se entre as de 30 a 39 anos (89,0%; 92,3%). Sobre a escolaridade, gestantes com ensino superior tiveram as proporções maiores (91,5%; 97,5%), enquanto aquelas com ensino fundamental incompleto apresentaram proporções de 69,2% e 79,6%. Ademais, mulheres brancas tiveram proporções maiores (90,8%; 91,5%), assim como as gestantes que residiam em áreas urbanas (85,2%-89,9%) e que possuíam renda de até 3 salários mínimos (79,8%; 99%). Conclusão: Apesar dos avanços, mulheres brasileiras ainda têm déficits nas consultas de pré-natal, com disparidades regionais. Além disso, características sociodemográficas, como idade, raça, nível de escolaridade e renda, também revelaram diferenças na proporção de realização adequada das consultas de pré-natal. Essas descobertas destacam a necessidade de ações direcionadas para reduzir as desigualdades regionais e sociodemográficas na realização do pré-natal.