INTRODUÇÃO: As diversidades de gêneros por muitos anos foram estudadas como mais um transtorno mental, na 11º versão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde CID-11(2022) o termo foi ressignificado como incongruência de gênero, um grande marco para a despatologização. No Brasil, o processo transexualizador é amparado pelos serviços Sistema Único de Saúde (SUS, 2008), responsável pelo acesso ao processo, com o uso de hormonioterapias e cirurgias. As pessoas jovens e transgêneros estando ou não em processo transexualizador, estão sujeitas a experiencias que interferem no seu estado de saúde mental devido à quebra de padrões normativos. Porém pode-se apontar que, as eficazes intervenções na saúde das pessoas transgenêros, sejam pautadas pela apropiação de modelos de intervenções. E quando se refere a sexualidade humana, se justificam com a necessidade de orientações éticas e técnicas. Para atuar junto a essas pessoas, compreende se que, a rigor o Enfermeiro preparado eficazmente consegue interpretar os sinais de sofrimento psíquico e direcionar intervenções apropriadas para minimizar danos maiores a saúde mental. OBJETIVO: Identificar registros de sofrimento psíquico de jovens homens transgêneros. MÉTODO: Estudo quantitativo de coorte transversal, desenvolvido no espaço Transidentidade da Universidade de Pernambuco, onde foi realizado uma busca em prontuários de 21 usuários na faixa etária de 16 á 20 anos. Pesquisa desenvolvida entre março e agosto de 2022. Atendendo as recomendações 466/12 do Conselho Nacional de Saúde para pesquisas CAEE CEP 62613522.9.0000.5192 . RESULTADOS: Registros de 61.9% apresentavam comportamentos de pessoas com risco de ansiedade; 71,43% com registros de risco de depressão de leve a grave e 71,43% com características que indicavam risco de leve á moderado para suicídio. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os registros mostraram a vulnerabilidade dos jovens homens transgêneros em algum grau de sofrimento psíquico. Considerando a exitosa experiência, já registrada em várias periódicos científicos no Brasil do Programa Enfermagem solidária (COFEn 2020),enfatiza se aqui, o olhar clinico e humanista da Enfermeira terapeuta com formação em saúde mental /psiquiatria, como um profissional capaz de identificar, intervir e direcionar os casos com eficácia e eficiência. Como limitação desse estudo identificou se os precários ou até inexistentes registros.